Os preços do café do Vietnã, maior exportador mundial de robusta, atingiram a alta do ano até agora de 42 mil dongues (US$ 2,014) por quilo nesta quarta-feira, com espaço para aumentarem ainda mais, refletindo os preços internacionais e a oferta apertada, afirmaram traders. Os futuros do grão na Bolsa de Londres (Euronext Liffe) já subiram 19% desde o início do ano com a forte demanda, especialmente dos países emergentes. Traders esperam que os preços do robusta suba nas próximas semanas, pois acredita-se que um grande fornecedor de commodities está formando grande volume de posições compradas no mercado londrino.
Isso poderia se tornar um problema para as torrefadoras que precisam suprir suas necessidades e para os traders que detém posições vendidas e precisam desmont&aa cute;-las no fim do mês, disse um trader em Cingapura. “Há mais interesse em comprar do que em vender”, disse um trader de Ho Chi Minh. Ao mesmo tempo, os fundamentos dão suporte aos preços locais. O Vietnã exportou a maioria de sua produção de café da safra 2011/12, estimada pela Organização Internacional do Café (OIC) em 18,3 milhões de sacas de 60 quilos para o ano-safra que termina em 30 de setembro.
Apenas 10% a 15% da produção do país está com os agricultores no momento, portanto, os estoques estão baixos, disse outro trader de Ho Chi Minh. Em abril, as exportações do Vietnã totalizaram 2,5 milhões de sacas, queda de 19,8% no mês, de acordo com o Escritório Geral de Estatísticas do governo. Os preços também obtém suporte dos riscos de que a colheita brasileira seja afetada pe lo clima.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que a produção de café do Brasil no ano comercial que começa em 1º de junho cresça 14%, para 55,9 milhões de sacas, pois o País estará no ano de maior produtividade do ciclo do grão. Em sua última estimativa, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), colocou a produção em 50,45 milhões de sacas. Analistas concordam que a safra pode ser bem menor do que a estimativa da Conab devido à falta de chuvas em muitas regiões produtoras no estágio de desenvolvimento do grão. As informações são da Dow Jones.