PREÇOS DO CAFÉ DEVEM SE MANTER ELEVADOS, AVALIA DIRETOR DA OIC

 

Os preços do café no mercado internacional devem se manter em patamares elevados. A avaliação foi feita nesta segunda-feira (24/3) do diretor-geral da Organização Internacional do Café (OIC), Robério Silva(foto). Ele participa do Global Agribusiness Forum, realizado em São Paulo.

“Temos equilíbrio de produção e consumo e temos estoques relativamente baixos tanto nos países produtores e consumidores. Se houver um déficit, é pequeno”, disse Silva, destacando que a instituição não faz projeções de preços. Segundo ele, no ciclo 2013/2014 (que termina em setembro), a produção mundial é calculada em 145 milhões de sacas e o consumo global em 146 milhões.

Sobre a produção brasileira, Robério Silva informou que estão sendo aguardados os cálculos oficiais de produção, já considerando os efeitos do clima quente e seco que atingiu lavouras e provocou perdas em diversas regiões cafeeiras do país. Questionado se a consolidação dos dados do Brasil pode estimular novas altas, ele reiterou que a expectativa é dos preços de manterem.

Para o diretor da OIC, mesmo sendo explicada em parte pelos problemas de clima no Brasil, a mudança no patamar dos preços internacionais do café é positiva, já que o produto estava “subvalorizado”. O desafio, de acordo com ele, é manter essas cotações. “É um preço que produtores precisam para garantir seus tratos culturais e que os consumidores podem pagar.”

Robério Silva acredita que a redução da volatilidade nos preços do café passa por dar uma maior “transparência” às estatísticas relacionadas ao mercado. Ele explicou que foi criado um grupo para discutir o assunto formado por técnicos da própria Organização Internacional do Café e analistas de mercado das principais torrefadoras do país.

“Vamos tentar chegar a um afunilamento dessas estatísticas para que o mercado tenha mais transparência e menor volatilidade. Esse é o grande desafio do mercado e temos que garantir isso tendo estatísticas confiáveis da produção, do consumo e dos estoques nas mãos de produtores e consumidores”, disse Silva.

Fonte: Revista Globo Rural

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