O contrato julho do arábica em NY fechou o último dia de abril em 121,50 centavos de dólar por libra-peso, e terminou maio a 121,55 centavos. Ou seja, entre altos e baixos, o comparativo mostrou estabilidade, que reflete os fundamentos e demonstra a busc
Porto Alegre, 3 de junho de 2016 – O mercado internacional de café teve um mês de maio de volatilidade, mas ao final das contas houve equilíbrio nas cotações na Bolsa de Nova York, que baliza a comercialização no mundo. O contrato julho do arábica em NY fechou o último dia de abril em 121,50 centavos de dólar por libra-peso, e terminou maio a 121,55 centavos. Ou seja, entre altos e baixos, o comparativo mostrou estabilidade, que reflete os fundamentos e demonstra a busca de direcionamento.
A entrada de uma ampla safra brasileira é fator baixista no mercado futuro de Nova York e Londres. A colheita iniciou mais cedo em muitas regiões, trazendo pressão sobre os preços. Mas, depois, as chuvas passaram a atrapalhar os trabalhos e a garantir sustentação nas bolsas. Além disso, a preocupação com quebra na safra de robusta do Vietnã e Indonésia, entre outros países, em 2016/17 é um componente altista que evita perdas.
De qualquer modo, os preços em NY caíram da linha de US$ 1,30 a libra-peso e se estabeleceram muito mais próximos da faixa de US$ 1,20. Não parece haver força para romperem para baixo essa linha, mas também não há elementos que indiquem um impulso para o mercado avançar significativamente.
Brasil
O mercado físico brasileiro voltou a cair no mês de maio, diante da pressão com a chegada de café novo ao mercado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o preço físico caiu sob o efeito da chamada “barrigada de safra”, com a colheita pressionando as cotações. A bebida dura com 15% de catação do Sul de Minas, que iniciou o mês cotada a R$ 480,00 a saca e chegou a trocar de mãos a R$ 490,00 em meados de maio acabou perdendo força e terminou o período cotada a R$ 475,00 a saca.
O conilon tipo 7 do Espírito Santo também subiu, somando ganhos de 3,5%, para ser cotado em média a R$ 385,00 a saca no ultimo mês de maio. “O início de colheita indica quebra de benefício acima do esperado, o que pode agravar ainda mais a situação de aperto na oferta, especialmente no Espírito Santo. Por isso, o conilon segue valorizado, com preço bem acima da média histórica”, aponta Barabach.