PREÇOS DO CAFÉ AVANÇAM NO MERCADO INTERNACIONAL

Apesar das perdas desta quinta-feira (13), o balanço da semana pode ser considerado positivo no mercado internacional do café. As cotações acabaram subindo nas bolsas de Nova Iorque e de Londres diante de fatores técnicos e preocupações com a oferta mundial. No Brasil, os preços acompanharam a alta no físico e no mercado futuro.
Além de fatores técnicos, aspectos fundamentais pesaram positivamente no mercado internacional essa semana. Os estragos na América Central e México com a passagem do furacão Stan e a apreensão com a queda no ritmo dos embarques do Brasil, por conta do aperto nos diferenciais, com a postura defensiva do produtor e com a safra menor no país este ano, garantiram sustentação. Na quinta-feira (13), o mercado cedeu porque pairou no ar um sentimento de que a safra do ano que vem no Brasil, que tende a ser bem maior que a atual, pode compensar a queda na produção nos países centro-americanos e no México após o furacão, que causou estragos ainda não calculados com precisão.
Na Bolsa de Nova Iorque, a maior valorização foi verificada na segunda-feira (10), quando o mercado subiu mais de 400 pontos. Na comparação entre a quinta-feira da semana anterior (06/10) e esta quinta-feira (13), os preços pularam de 93,50 para 100,35 centavos de dólar por libra-peso, tomando por base o contrato dezembro, o que representa uma alta de 7,3%.
No mercado físico, as cotações acompanharam a valorização nos preços internacionais. O café bebida boa no sul de Minas Gerais ficou nessa quinta-feira (13) a R$ 245,00 a saca, enquanto na semana passada a cotação era de R$ 230,00/235,00 na quinta-feira (06).