04/11/2011
Cenário: Ana Conceição – O Estado de Sâo Paulo
As cotações das commodities agrícolas subiram de forma generalizada nas bolsas de futuros dos Estados Unidos ontem, acompanhando o bom humor dos mercados financeiros. O rumor – depois desmentido – de que o primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, poderia renunciar e, neste caso, não haveria o referendo sobre o segundo pacote de ajuda ao país, deu impulso aos negócios. Outro fator de suporte foi a surpreendente decisão do Banco Central Europeu (BCE) de reduzir a taxa de juros, de 1,50% para 1,25% ao ano. Essa combinação de fatores ajudou a derrubar o dólar ante o euro, o que é sempre favorável para os preços dos ativos negociados na moeda americana.
Em Chicago, o contrato janeiro da soja subiu 2,03%, para US$ 12,2725 por bushel. Esse mercado também foi ajudado pelo fato de os produtores americanos estarem retendo grão à espera de preços maiores. Eles têm em mente que nos últimos dois anos as cotações da oleaginosa subiram nos meses seguintes à colheita. O contrato dezembro do milho subiu 1,24%, para US$ 6,53 por bushel. Além dos fatores externos, o preço do cereal tem sido sustentado pela incerteza quanto ao tamanho da safra nos Estados Unidos. O governo do país divulgará nova projeção no próximo dia 9, mas há controvérsias sobre se haverá redução na estimativa.
Em Nova York, o contrato do café para dezembro subiu 1,25%, para US$ 226,80 centavos de dólar por libra-peso. O do açúcar para março avançou 0,90%, para US$ 25,65 centavos de dólar por libra-peso.