14/04/11
As exportações brasileiras do agronegócio já giram cerca de US$ 80 bilhões no acumulado de 12 meses. Mesmo com o dólar fraco e a queda no volume exportado, as receitas totais atingem patamares recordes.
Essas receitas são asseguradas pela forte evolução dos preços no mercado externo. Em alguns casos, como o do café e da soja, os preços médios subiram 46% e 31%, respectivamente, no primeiro trimestre de 2011 em relação a igual período de 2010. As importações crescem, no entanto, em ritmo mais acelerado do que o das exportações. Nos três primeiros meses do ano, o país gastou US$ 4 bilhões na importações de produtos do agronegócio, 29% mais do que em igual período de 2010.
A liderança das exportações fica com o complexo soja, que trouxe para o país US$ 3,2 bilhões de janeiro a março deste ano, 26% mais do que em igual período de 2010. O volume exportado, no entanto, recuou 4%, para 6,2 milhões de toneladas.
O café, produto que teve a maior valorização de preço neste ano em relação ao anterior, obteve receitas de US$ 1,93 bilhão, 67% mais do que em 2010. O volume exportado cresceu 14%.
Do lado das importações, os gastos só não foram maiores porque o volume importado está em queda, segundo o Ministério da Agricultura. As compras de trigo e de arroz recuaram 17% no trimestre, enquanto as de malte aumentaram 11%.
À exceção do arroz, cujos preços estão em queda e vão na contramão das demais commodities, os produtos importados pelo Brasil também tiveram elevação no mercado externo: trigo, 33%; farinha de trigo, 30%; e lácteos, 27%.
Editoria: MERCADO