Preço do café em outubro chega ao menos nível desde março de 2009

12 de novembro de 2013 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Londres, 08 – A Organização Internacional do Café (OIC) divulgou, nesta sexta-feira, 8, uma avaliação nada animadora para o mercado do grão. Ao registrar queda média de 4,3% dos preços do café em outubro na comparação com setembro, a OIC nota que os preços nominais estão no menor nível desde março de 2009 e afirma que não há “sinal de desaceleração” da tendência de queda dos preços que castiga o mercado nos últimos dois anos. Por isso, as perspectivas iniciais de produção na safra 2013/2014 sinalizam “potenciais reduções”.

De acordo com relatório divulgado nesta tarde, o indicador de preço médio da entidade ficou em 107,03 centavos de dólar por libra-peso. “O valor mostra queda de 4,3% na comparação com setembro e ficou no nível mais baixo desde março de 2009. Além disso, em termos reais, o índice está agora no nível de janeiro de 2000, quando o mercado estava no começo do período conhecido como ‘crise do café'”, destaca a entidade. “A severa tendência de queda observada nos últimos dois anos não dá sinais de desaceleração”, completa a Organização.

Entre as variedades listadas pela OIC, o café do tipo “Brazilian Naturals” registrou queda de 2,7% em outubro, para 109,57 centavos de dólar por libra-peso. Robusta caiu 4,6% (para 83,70 centavos de dólar/libra), os grãos do tipo “Colombian Milds” cederam 3,4% (para 133,83 centavos de dólar/libra) e os demais recuaram 2,7% (para 128,70 centavos de dólar/libra).

“Não há dúvida de que em muitos países os preços pagos pelo café aos produtores não consegue sequer cobrir os custos de produção e, ao mesmo tempo, os preços de produtos básicos, como alimentos e energia, estão aumentando”, destaca o relatório da OIC. “Na realidade, o café tem o pior desempenho entre as commodities agrícolas nos últimos dois anos”, completa.

Para a OIC, “é muito cedo para fornecer uma estimativa para a produção mundial na safra 2013/2014, que está em andamento, mas os primeiros indícios sugerem potenciais reduções em alguns dos principais exportadores”. Entre os motivos, a organização cita a ocorrência de um ano de “safra baixa” no ciclo bienal do café do Brasil e a constatação da ferrugem em lavouras da América Central. “Além disso, os preços em baixa tendem a desencorajar agricultores a investir e manter suas culturas, o que pode afetar negativamente a produção futura”, completa o relatório.

Fonte: Agência Estado

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