A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica fechou com alta nesta terça-feira (4) com recompra de posições por parte dos fundos de investimentos, após anotar baixa durante quase toda a sessão. O vencimento dezembro/14 registrou 188,70 cents de dólar por libra peso com alta de 285 pontos, o março/15 anotou 192,80 cents/lb com valorização de 265 pontos. O maio/15 encerrou a sessão cotado a 194,90 cents/lb com avanço de 230 pontos e o vencimento julho/15 fechou com 197,10 cents/lb e 245 pontos no campo positivo.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia no mercado cafeeiro foi marcado por fortes volatilidades e emoções nas alturas. “Após o mercado em Nova York bater quase 300 pontos de baixa, houve uma inversão rápida de humor e recompras foram vistas, impulsionando as cotações para alta”, afirma.
O que ainda predomina na bolsa norte-americana são as especulações climáticas visto que grande parte das regiões produtoras receberam chuvas que induziram a florada. “A posição dezembro/14 começa a perder atratividade especulativa e a posição março/2015 fica de pronto no alvo das novas especulações”, diz o analista da Maros Corretora.
“Vale ressaltar, que o cenário climático exposto não teve forças para reverter o estresse hídrico das lavouras brasileiras e desta forma, é cedo e prematuro, apostar num cenário de normalidade climática e produtiva, para a maior origem produtora de café, o Brasil”, explica Magalhães.
Para se ter ideia dos estragos causados pelo déficit hídrico e as altas temperaturas, o presidente da Sincal, Armando Matielli, estima quebra de 50% para a safra de 2015/16. E com isso, os pequenos produtores já temem falta de renda.
>> Café: Pequenos produtores temem falta de renda em 2015
Mercado interno
No interno não houve novidades e as negociações continuam quase paradas. “O setor produtivo se recusa a negociar volume de café nas mínimas oferecidas e assim, os dias no negócio do café vão transcorrendo dentro de uma letargia de dar sono. Ao que parece, este cenário mercadológico deverá perdurar por um bom período à frente já que não há no front qualquer nova variável de peso para entrar no mercado que tenha força suficiente para impor novo ritmo aos negócios”, explica.
O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou baixa de 1,61% na segunda-feira (3) e está cotado a R$ 435,76 a saca de 60 kg.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Franca-SP, está cotado a R$ 550,00 a saca de 60 kg com valorização de 1,85%. O tipo 4/5 de café arábica anotou maior valor em Guaxupé-MG com R$ 510,00 a saca. Já no tipo 6 duro, o maior valor de negociação foi registrado em Franca-SP, onde a saca está cotada a R$ 470,00 e a alta foi de 2,17%.
Tipo 4/5 encerra no campo misto na BM&F
As cotações do café arábica tipo 4/5 fecharam no campo misto na BM&F Bovespa nesta terça-feira, seguindo a mesma tendência do dia anterior. O vencimento dezembro/14 encerrou o dia com US$ 221,00 a saca de 60 kg e alta de 0,23%, o março/15 anotou US$ 226,50 e desvalorização de 0,42% e o setembro/15 registrou avanço de 0,84% com US$ 240,00 a saca. O tipo 6/7 não teve negócios durante a sessão.
Robusta registra queda em Londres
As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) registraram baixa nesta terça. O contrato novembro/14 está cotado a US$ 2.050,00 por tonelada com baixa de US$ 23 por tonelada e o janeiro/15 teve US$ 2.040,00 por tonelada com desvalorização de US$ 33 por tonelada.
Veja as cotações completas de café nesta terça-feira (4).
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas