De acordo com números divulgados pela Organização Internacional do Café (OIC), a média do preço diário composto, em julho de 2010, foi de 153,41 centavos de dólar por libra peso, o que implicou substancial alta de 35,88% em relação aos 112,90 centavos de dólar apurados no mesmo mês de 2009, e de 7,88% frente a junho deste ano (142,20 centavos).
“Esta firmeza continuada nos preços é confirmada pelo comportamento dos mercados futuros, em particular no caso das médias mensais das segunda e terceira posições no mercado de futuros de Nova Iorque (ICE Futures US), que passou de 152,36 centavos de dólar por libra peso, em junho, para 165,23 centavos em julho, o nível mais alto registrado desde 1997”, destacou Néstor Osorio, diretor-executivo da entidade.
De acordo com ele, embora a evolução dos preços no mês de julho também tenha sido relativamente significativa no caso dos Robustas, a diferença aumentou ainda mais frente aos Arábicas. “No caso do mercado de futuros de Londres (Liffe), a média mensal das segunda e terceira posições foi 78,17 centavos de dólar por libra peso, acima dos 69,72 centavos de junho. Assim, a diferença entre Arábicas e Robustas ficou ainda mais alargada”, explicou. Por outro lado, o diferencial de preço entre os Suaves Colombianos e os outros grupos de Arábica reduziu quando se traça o comparativo com junho deste ano.
Ainda conforme Osorio, apesar da chegada no mercado de café da nova safra do Brasil — onde o ciclo 2010/11 é de alta produtividade —, problemas de abastecimento, no curto prazo, continuam a estimular uma redução dos estoques mundiais. “A produção colombiana deve se recuperar depois de dois anos consecutivos de quebra. Em julho de 2010, certamente houve uma melhoria em relação ao nível de julho de 2009, mas ainda é um nível mensal de produção relativamente baixo. No que se refere ao Vietnã, as condições climáticas adversas podem afetar as perspectivas de elevada produção na temporada 2010/11”, concluiu.
Evolução de preços apurada pela OIC (US$ cents por libra peso)