Preço derruba receita do agronegócio no mês

29 de outubro de 2014 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Folha de São Paulo

29/10/2014
 
Vaivém das commodities



MAURO ZAFALON


Preço derruba receita do agronegócio no mês


As receitas com as exportações do agronegócio mantiveram ritmo de queda neste mês em relação a igual período do ano passado.


A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) deverá divulgar no início de novembro uma redução de pelos menos 4% no valor acumulado das receitas dos dez principais produtos da balança comercial do agronegócio.


Essa queda ocorre devido à redução média dos preços praticados no mercado externo, principalmente nos dos grãos.


Essa queda só não é maior porque alguns produtos, como café e carnes, tiveram uma intensa recuperação de preços neste ano, puxando as receitas para cima.


Os dez principais produtos da balança do agronegócio deverão atingir US$ 5,4 bilhões neste mês, tomando como base o desempenho registrado até a semana passada. No mesmo período do ano passado, as receitas somavam US$ 5,7 bilhões.


A liderança nas exportações neste mês é do açúcar, cujas receitas com as vendas do produto bruto e refinado devem atingir US$ 1,15 bilhão, 5% mais do que em igual mês do ano passado.


Esse aumento financeiro vem do maior volume de açúcar embarcado neste mês, que deve superar em 12% o do ano passado. O preço médio do açúcar em bruto recuou 4%, enquanto o do refinado caiu 12% no mercado externo em relação a outubro do ano passado.


Dois outros produtos –café e frango– vão render acima de US$ 600 milhões neste mês e ajudam a segurar a queda da balança do setor.


O café, cujo volume deverá atingir 3 milhões de sacas, vai render US$ 629 milhões, receitas que foram puxadas pelos preços médios.


O Brasil está exportando a saca de café por US$ 208, em média, neste mês, 43% mais do que em outubro do ano passado.


 

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Preço derruba receita do agronegócio no mês

Por: Folha de S. Paulo

29/10/14


As receitas com as exportações do agronegócio mantiveram ritmo de queda neste mês em relação a igual período do ano passado.


A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) deverá divulgar no início de novembro uma redução de pelos menos 4% no valor acumulado das receitas dos dez principais produtos da balança comercial do agronegócio.


Essa queda ocorre devido à redução média dos preços praticados no mercado externo, principalmente nos dos grãos.


Essa queda só não é maior porque alguns produtos, como café e carnes, tiveram uma intensa recuperação de preços neste ano, puxando as receitas para cima.


Os dez principais produtos da balança do agronegócio deverão atingir US$ 5,4 bilhões neste mês, tomando como base o desempenho registrado até a semana passada. No mesmo período do ano passado, as receitas somavam US$ 5,7 bilhões.


A liderança nas exportações neste mês é do açúcar, cujas receitas com as vendas do produto bruto e refinado devem atingir US$ 1,15 bilhão, 5% mais do que em igual mês do ano passado.


Esse aumento financeiro vem do maior volume de açúcar embarcado neste mês, que deve superar em 12% o do ano passado. O preço médio do açúcar em bruto recuou 4%, enquanto o do refinado caiu 12% no mercado externo em relação a outubro do ano passado.


Dois outros produtos -café e frango- vão render acima de US$ 600 milhões neste mês e ajudam a segurar a queda da balança do setor.


O café, cujo volume deverá atingir 3 milhões de sacas, vai render US$ 629 milhões, receitas que foram puxadas pelos preços médios.


O Brasil está exportando a saca de café por US$ 208, em média, neste mês, 43% mais do que em outubro do ano passado.


O frango, líder entre as exportações de proteínas, deverá atingir um volume de 335 mil toneladas, com receitas de US$ 657 milhões. Esse bom desempenho do produto se deve tanto ao aumento de volume quanto ao dos preços médios praticados no mercado externo.


Milho e soja são os grandes perdedores neste mês. O cereal terá uma queda de receita de 29%, enquanto a oleaginosa perde 51%.


*


Boi gordo A escalada de preços da carne bovina continua. A arroba de boi gordo subiu para R$ 139 nesta terça-feira (28) no noroeste de São Paulo, segundo pesquisa da Informa Economics/FNP.


Conjugação A alta ocorre devido a uma demanda maior por parte dos frigoríficos, que tentam ampliar a escala de abate, e a uma escassez na oferta de gado pronto para o abate.


Quanto subiu Ao atingir R$ 139, a arroba de boi gordo teve uma alta de R$ 3 no dia. Com isso, a elevação foi de 2,2% no dia e acumula 29% em relação ao mesmo período do ano passado.


Crédito O volume financeiro dos papéis vinculados ao agronegócio somou R$ 39 bilhões no final de setembro. Ao atingir esse valor, houve uma alta de 33% em relação a setembro de 2013.


Papeis Os dados são da Cetip, depositária de títulos privados de renda fixa e câmara de ativos. Entre os papéis do agronegócio estão LCA, CRA, e CDCA.


Desequilíbrio 1 As usinas paulistas vendiam o etanol hidratado a R$ 1,199 há dez semanas. Já os consumidores pagavam R$ 1,870 por litro nos postos do Estado de São Paulo.


Desequilíbrio 2 Na semana passada, as usinas venderam o etanol a R$ 1,136, com queda de 5% no período, enquanto o consumidor pagou R$ 1,851, apenas 1,4% menos. A margem dos postos subiu 9% no período.

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