15/01/2010 – Produtores da Região Sul Caparaó estão experimentando uma técnica pouco utilizada por agricultores que investem na cultura do café: a convivência do carneiro com café. Sendo assim, o Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), avalia essas práticas e faz observações visando o melhor conhecimento para sua adaptação no Estado.
Essa prática utiliza o carneiro no meio da lavoura para o controle do mato e aproveitamento dos resíduos orgânicos no local. O produtor, além de diminuir despesas, pode ter uma outra opção de renda, que é a ovinocultura.
Segundo o engenheiro agrônomo do Incaper de Cachoeiro de Itapemirim, Paulo Shalders, “quem ganha com isso é o produtor e o meio ambiente. Primeiro porque diminui as despesas com herbicida (agroquímica que controla as ervas daninhas) e com mão de obra; e o segundo, pelo fato do animal não causar impacto no solo e não interferir no plantio”, afirma.
O engenheiro agrônomo do Incaper de Alegre, Fabrízio Raggi Abdallah, ressalta que os solos da região estão bastante degradados pelo excesso de capina, tanto manual quanto químico. Desse modo, ” o consócio busca fazer o controle físico do mato, alimenta o animal, agrega peso, além de complementar com a adubação na lavoura”.
Em Cachoeiro de Itapemirim, Vargem Alta e Alegre, há casos de produtores que estão experimentando a prática, e o Incaper tem acompanhado e orientado sobre métodos literários para a adoção desse procedimento
Paulo comentou que, de acordo com a experiência inicial dos produtores da região, a prática está sendo bem aceita, pois os números já apontam que a prática pode gerar um receita adicional, equivalente a oito sacas de café por hectare.