Dentro do conceito de cafeicultura racional o controle às pragas do cafeeiro ocupa lugar de destaque. O cafeeiro é atacado por muitas pragas, que, se não combatidas devidamente, ocasionam grandes prejuízos e em muitos casos limitando a produção.
O grau da importância das pragas apresentadas nesta página varia com as diferentes regiões cafeeiras do país sendo que o Bicho Mineiro, a Broca e Cochonilhas são problemas destacados, praticamente em todas as regiões onde se cultiva o café; os Nematóides, principalmente o M. incógnita, são problemas seríssimos no Paraná e São Paulo; o M. exigua ocorre em São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará; ataques de ácaro vermelho e bicho mineiro tem se intensificado com a utilização de fungicidas cúpricos, para o controle da ferrugem do cafeeiro.Tem se notado o aparecimento de outras pragas atacando o café, como diversas espécies de lagartas, provavelmente devido ao desequilíbrio biológico, causado pela grande utilização de produtos químicos. Sabe-se das muitas possibilidades e vantagens do controle biológico, mas ainda não se dispõe de informações suficientes para sua aplicação prática. São dotados, entretanto, nas recomendações de controle químico, cuidados para a preservação ao máximo dos inimigos naturais.
Deste modo, o controle às pragas deve ser feito quando o seu nível populacional vai atingir o nível de dano econômico, encaixando-se dentro do sistema de “Manejo de Pragas”.
Sistemas de manejo de pragas visam desenvolvimento de uma estratégia global de ação, que lança mão de um elenco de táticas de controle, tais como vários métodos : químicos, biológicos, culturais, uso de variedades resistentes ou de metas de interferências nos processos fisiológicos e ecológicos dos insetos. Estas táticas são selecionadas e integradas em programas harmônicos que tiram a máxima vantagem das características das plantas e dos fatores naturais de mortalidade.