fonte: Cepea

Portugal: O bom café alheio Por Miguel Esteves Cardoso

31 de dezembro de 2015 | Sem comentários Especiais Mais Café

30/12/2015 – 00:15


Terá sido o sargento Francisco de Melo Palheta o responsável pela romântica introdução do café no Brasil.


A Square Mile Coffee Roasters é uma das pioneiras do café de primeira classe no Reino Unido e foi fundada por dois sábios autores: James Hoffman e Anette Moldvaer. Já aqui recomendei o indispensávele livro de Hoffman, The World Atlas of Coffee. O livro de Moldvaer é ainda mais divertido e útil: Coffee Obsession. Note-se que a Square Mile tem um excelente serviço de assinatura de cafés para a Europa continental (16 euros por 350 gramas, incluindo portes DHL) e, para quem quer escolher os cafés, cobra portes económicos (3 euros por pacote até 350 gramas).


É esplêndido poder encomendar cafés escolhidos por estes dois mestres e os outros, muitos, que trabalham com eles. Ter lido os livros dá-nos uma ideia preciosa do que acreditam e de como trabalham. O entusiasmo e a honestidade deles são comoventes mas é o profissionalismo deles que convence.


Portugal está muito atrasado no café de qualidade. No livro de Moldvaer há um parágrafo delicioso: “Em 1727 os portugueses mandaram um oficial de marinha à Guiana francesa para obter sementes de café. Reza a lenda que foi-lhe negada esta hipótese levando-o a seduzir a mulher do governador que depois arranjou maneira de lhas mandar, escondidas num ramo de flores”.


Terá sido o sargento Francisco de Melo Palheta o responsável pela romântica introdução do café no Brasil. Portugal, como sempre, dependeu muito dos favores de estrangeiros.


E assim continua a ser com o café, graças a Deus e a eles.


Publicado no site https://www.publico.pt/sociedade/noticia/o-bom-cafe-alheio-1718703

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