Portugal: Gasolineiras «desistem» de medicamentos e apostam no café

[ 2006/05/28 | 18:00 ]

12 de junho de 2006 | Sem comentários Comércio Exportação
Por: Agência Financeira - Lisboa, Portugal


Tabaco representa metade dos movimentos nas lojas


 Paula Gonçalves Martins


As gasolineiras perderam o interesse no comércio de medicamentos, por causa das condições impostas na Lei.


A exigência de um técnico de farmácia, que só pode ser, no máximo, responsável por cinco postos de venda de medicamentos, «corta as pernas» às lojas de conveniência das bombas de combustível nesta matéria. «Nestas condições, estes profissionais fazem-se pagar bem. Para nós, trata-se de um custo que torna o negócio pouco interessante», disse o presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC), Augusto Cymbron, à «Agência Financeira».


A anterior direcção da ANAREC, liderada por António Saleiro, previa o interesse de 800 lojas destas na venda de medicamentos. Mas apesar da liberalização na venda de medicamentos a locais que não as farmácias ter já ocorrido há algum tempo, e de existirem já 118 locais de venda fora das farmácias, nem «um único posto de abastecimento» está entre eles.


A ANAREC chegou a reunir-se com o Instituto da Farmácia e do Medicamento (Infarmed), mas o negócio não avançou.


«Nas bombas de gasolina, os cafés são o negócio mais atractivo. Muitas gasolineiras já têm lojas de conveniência e cafés, onde vendem produtos de pastelaria e padaria frescos, e o próprio café é o produto com maior margem de lucro para os comerciantes», explicou o presidente, explicando que a aposta das gasolineiras passa cada vez por este tipo de produto.


Também o tabaco constitui um negócio interessante, tendo em conta que nestas lojas, «perto de metade do movimento, em termos de valor, corresponde ao tabaco».

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