Políticas de apoio a cafeicultura pretendem remunerar melhor o produtor

A redução da área de produção de café e a necessidade de remunerar melhor o produtor motivaram o governo a adotar políticas de apoio ao setor. A declaração é do secretário de Produção e Agronergia, Manoel Bertone, durante anúncio, nesta quinta-feira (7) do segundo levantamento da safra 2009 de café. Conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área plantada caiu 3,3% em relação a 2008.


Bertone comentou, na ocasião, o lançamento de programas de contrato de opção para o setor, anunciado, nessa quarta-feira (6) pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. O programa seria mais uma medida para garantir maior sustentação para a produção brasileira de café que vai sofrer redução de 15% este ano em relação a colheita passada, conforme estimativa da Conab. O secretário informou que os contratos de opção deverão ser feitos por meio de quatro leilões realizados entre novembro de 2009 e março de 2010. “O fechamento das condições do programa estão em negociação com o Ministério da Fazenda e acreditamos que até a próxima semana poderá ser lançado”, disse.


O secretário disse que dentro de três a quatro meses o governo irá estudar a metodologia de cálculo dos custos variáveis da produção de café para adequar a nova realidade do setor. Ele lembrou ainda que os custos de produção da lavoura do café variam de região a região do País. Bertone informou também que foram ampliados os investimentos nos financiamento da pré-comercialização da produção. “Estamos alocando R$ 450 milhões para financiar a colheita e esperamos que, dentro de vinte dias, esses recursos estejam nas mãos dos produtores de café”.


Safra – A safra 2009 de café deve produzir 39,1 milhões de sacas de 60 quilos, uma redução de 15% em relação à colheita passada, de 45,9 milhões de sacas. Os números refletem a bienalidade da cultura, que é intercalada de um ano de ciclo alto seguida de baixo. (Inez De Podestà)

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