Plano de Safra para o Café está em sintonia com pensamento Silas Brasileiro

“Proposta de Plano de Safra para o Café está em sintonia com as sugestões apresentadas pelo Deputado Silas Brasileiro”

O Ministério da Agricultura realizou, na semana passada, reunião para avaliar proposta de Plano de Safra para os próximos 24 meses, de acordo com solicitação que havia sido efetuada pelo Conselho Nacional do Café – CNC.

Participaram do encontro os representantes técnicos das associações que compõem a cadeia café, membros dos Ministérios da Agricultura, Fazenda e assessores parlamentares.

O objetivo é de se construir um Programa que apresente, desde já, todas as linhas de financiamento e apoio aos Agentes do Agronegócio Café, para os próximos dois anos, a fim de neutralizar os efeitos especulativos que ocorrem nas safras brasileiras, que tem a característica da bienualidade.

Neste sentido, o Deputado Silas Brasileiro apresentou proposta para um Programa de Financiamento que contemplasse as fases do ciclo de produção, mas com ênfase para um prazo de reembolso mais dilatado nas linhas em que o produto é dado em garantia (pré-comercialização).

Silas Brasileiro justificou a necessidade de deslocar uma parcela da oferta, dentro do período do biênio-safra 2006/07 e 2007/08, a fim de neutralizar movimentos mais agudos de especulação: “É de se esperar que na entrada da próxima safra ocorra uma pressão especulativa por parte dos Fundos, sabendo da necessidade de caixa do cafeicultor brasileiro que está iniciando sua colheita. Por outro lado, as previsões mostram que no ano seguinte a produção será menor, e portanto os nossos estoques que hoje estão em níveis baixos, podem atingir níveis críticos no primeiro semestre de 2008. Assumindo isto, torna-se claro e estratégico efetuarmos um deslocamento de parte da oferta para 18 meses. Transferimos assim parcela de nossas vendas do início da próxima safra, quando teremos pressão vendedora e possivelmente um mercado depreciado, para o início de 2008 quando os estoques deverão estar muito baixos, garantindo assim um fluxo mais estável para nossas vendas e inibindo também um movimento de alta excessiva no mercado no futuro.

Esta é uma política sadia para todo o Agronegócio, pois estaremos construindo as bases para um mercado que apresente preços remuneradores e com menores pressões especulativas, com benefícios para todos os agentes, especialmente para os produtores, que normalmente são os que mais perdem com a falta de um mercado estruturado”, afirmou o Deputado Silas Brasileiro, enaltecendo o trabalho que vem sendo realizado pelo Diretor do DECAF, Vilmondes Olegário da Silva e sua equipe, pelo Secretário de Produção e Agroenergia, Linneu Costa Lima e pelo apoio do Assessor Especial do Ministro da Fazenda, José Gerardo Fontelles.

A aprovação do Programa, que contempla recursos da ordem de R$2,5 bilhões para o biênio, depende ainda da aprovação do CDPC e do Conselho Monetário Nacional, que deverá se reunir no final deste mês.

Brasília, 20 de março de 2006.

ESCRITÓRIO DE APOIO AO AGRONEGÓCIO CAFÉ