por Redação 11-05-2006 |
Com 130 dias nos tanques os peixes chegaram ao peso de 500 gramas. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em parceria com a Embrapa, está desenvolvendo pesquisa voltada para a criação de peixes em anques, com água residual produzida pelos despolpadores de café. A iniciativa surgiu a partir da necessidade de tratar a água produzida pela despolpa do café, antes de devolvê-la ao meio ambiente. O projeto de pesquisa é conduzido na fazenda experimental do Incaper, em Venda Nova do imigrante. O modo mais eficiente é a construção de tanques na propriedade para tratar a água a partir do processo de decantação. Uma vez abertos e cheios, os tanques podem ser utilizados para o cultivo de peixes. Nesse sentido, os pesquisadores do Incaper guiam estudos para criação de espécies, no mesmo período em que a água residual é tratada, e também durante o verão, quando os tanques estão ociosos. De início os tanques foram abastecidos com alevinos de tilápia, matrinchan, piaba, pacu e cast fish, e os resultados foram positivos. O mais comemorado foi o da tilápia. Com 130 dias nos tanques, foram realizadas três despescas e os peixes chegaram ao peso de 500 gramas. Segundo o presidente do Incaper, Enio Bergoli, mesmo que não haja possibilidade de criar peixes durante o processo de tratamento da água residual, os produtores vão contar com mais uma oportunidade de diversificação na propriedade. Essa adequação é possível, uma vez que o tratamento da água residual ocorre no período de inverno, época da colheita do café arábica. Assim os tanques vão estar disponíveis para a piscicultura tradicional nas outras estações do ano. |