Mais uma vez, China aparece em destaque com demanda aquecida para cafés frios e mantém janela de oportunidades
Por Notícias Agrícolas
Há alguns meses o mercado de café apresenta bastante volatilidade e os preços atingiram valores recordes nos últimos dias diante da preocupação com a oferta global do produto. Do lado da demanda, no entanto, os números mais recentes mostram que o cenário volta a ser positivo após o período de estabilidade com a Covid-19 e a crise financeira mundial.
Uma pesquisa recente realizada pela Circana apontou um crescimento expressivo no consumo de café em 12 importantes polos consumidores do Brasil. De acordo com a análise, o consumo global da bebida registrou alta de 5% no último ano, superando inclusive os 3% registrados nos Estados Unidos – principal parceiro comercial do Brasil.
“Esta tendência de crescimento foi observada em 11 dos 12 países analisados, com a China a emergir como pioneira, registando a maior taxa de crescimento do consumo de café”, afirma a publicação oficial.
Outro indicativo importante é que o café ultrapassou outras bebidas em alguns países, sendo 4% a mais em comparação com chá e 3% a frente do refrigerante. “Enfatizando a sua posição como uma das categorias de bebidas com crescimento mais rápido a nível mundial”, afirma.
A empresa avaliou o consumo de café em 12 países, sendo eles Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha, Espanha, França, Itália, Alemanha, Austrália, China, Japão, Coreia do Sul e Brasil. Desses, apenas a Coreia do Sul não apresentou alta no consumo.
A pesquisa chama atenção para o interesse da China no mrcado do café, mostrando que a potência asiática liderou a alta no consumo do café frio entre 2019 e 2023. Os números mostram acréscimo de 20% no período.
No Brasil, o setor cafeeiro observa e destaca o interesse contínuo da China no produto nacional. O país continua entre os principais importadores de café do Brasil e segundo dados oficiais do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), entre janeiro e março de 2024 o país exportou 304.575 mil sacas, o que representa alta de 71,11% em comparação com o mesmo período no ano passado.
“O café frio surge como uma tendência de destaque, experimentando um crescimento substancial em todos os 12 países que monitoramos. No entanto, o cenário competitivo, que abrange tanto estabelecimentos de cadeia como independentes, apresenta características únicas em cada país. Compreender as tendências globais abrangentes e a complexidade do mercado local é fundamental para o sucesso nesta categoria”, afirma.
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