Peru, segundo exportador mundial de café orgânico

O Peru não é somente o terceiro produtor de café da América do Sul. O país tem também se consolidado como o segundo produtor mundial de café orgânico.

Seguindo a tendência atual de preferir e valorizar mais os produtos 100% naturais, o café ecológico tem um potencial de crescimento sem limites. Os mercados mais desenvolvidos e com os paladares mais exigentes são os principais compradores deste tipo de café, que é vendido a preços mais altos que o convencional.

Por isso, a produção de cafés especiais, entre eles o orgânico, o gourmet e o de “comércio justo” tem aumentado consideravelmente até agora neste ano. De acordo com a Sociedade de Comércio Exterior do Peru (Comex-Peru), no ano passado foram exportados pouco mais de US$ 9,5 milhões de café orgânico e, até agora em 2006, já foram exportados US$ 7,5 milhões.

A expectativa era de que durante este ano a produção de café crescesse 22%, mas até agora, já superou o valor da colheita de 2005 em mais de 30%. Estes resultados se devem a, entre outros fatores, melhoras tecnológicas que vêm sendo implementadas e ao fato de a produção em algumas regiões do país ter aumentado consideravelmente graças a um clima favorável.

No entanto, o presidente da Junta Nacional de café, César Rivas, disse que, para o próximo ano, poderá haver uma redução na colheita de 20% a 25% devido ao rendimento extra dos cultivos neste ano que reduzirão a capacidade produtiva futura.

Neste sentido, os agricultores peruanos, diferentemente dos de outros países produtores de café, não contam com o financiamento necessário para tratar o solo adequadamente e desenvolver os nutrientes necessários para seu re-fortalecimento. “As boas colheitas não podem se repetir ano a ano devido ao desgaste do solo”.

As exportações de café acumulam até agora US$ 386 milhões, aproximadamente. Até o final do ano, espera-se alcançar US$ 460 milhões, o que significaria um recorde histórico para o setor. Este resultado se baseará nos altos preços internacionais, que estão acima de US$ 2000 a tonelada, e na excelente colheita que vem sendo obtida nas regiões de cultivo.

A reportagem é do site Totalnews.com.ar.