19/10/2009 – No Peru muito pouco valor é dado às exportações de café na balança comercial agrícola. O certo, porém, é que essa cultura exporta um volume maior e com uma receita mais significativa que culturas tradicionais peruanas, como a de aspargos. No entanto, neste ano haverá uma forte retração nas remessas cafeeiras ao exterior em relação a 2008, quando atingiu a marca de 645 milhões de dólares.
O diretor geral da Junta Nacional de Café do Peru, Lorenzo Castillo, informou que neste ano a safra se reduziu em 25%, devido aos problemas climáticos e também por conta do envelhecimento das lavouras. “Em 2008 conseguimos uma exportação de 4,8 milhões de quintais (3,68 milhões de sacas), com receita de 645 milhões de dólares. Este ano as exportações deverão ficar em 3,4 milhões de quintais (2,61 milhões de sacas) e as receitas deverão bater em 500 milhões de dólares”, apontou o diretor. Ele ressaltou que a demanda internacional se mantém estável, apesar da crise econômica internacional.
Na opinião de Castillo, a demanda pelo café peruano é significativamente alta e, caso existisse uma produção mais significativa, o país poderia faturar até 1 bilhão de dólares. Para solucionar o problema da produtividade, Castillo comentou que, graças ao Ministério da Agricultura, foi possível se obter um crédito para a renovação de 10 mil hectares plantados com o grão, sendo que os efeitos desse procedimento poderão ser sentidos a partir da safra de 2012.
Por outro lado, o posicionamento do café do país internacionalmente, com uma marca peruana, visando obter preços mais consistentes, continua sendo analisado pelo setor. “O café peruano tem uma alta qualidade, mas não conta com uma promoção internacional como a de outros países produtores. Dessa forma, os produtores locais continuam sofrendo com preços mais baixos que grãos compatíveis, como os colombianos”, complementou.
As informações partem da Agência de Notícias do Café / Café e Mercado.