Os agricultores da província de Chanchamayo abandonaram velhas práticas de cultivo para
trabalhar com um produto cobiçado no exterior graças a modernas técnicas de cultivo. A maioria dos cerca de 200 sócios da Cooperativa Cafeeira La Florida, na província de Chanchamayo, optou por abandonar a produção convencional para ingressar no mercado de cafés especiais, que se destinam principalmente à exportação.
Enrique Castañeda, engenheiro da cooperativa, disse que o processo não tem sido fácil, mas tem sido possível devido à tenacidade dos pequenos cafeicultores. A meta agora é trabalhar para melhorar a capacidade de produção. A experiência tem demonstrado, segundo Castañeda, que os produtores precisam ver para crer. Por isso foi implantada uma parcela demonstrativa de 40 hectares. “Desse modo, os agricultores, ao verem-na, dirão: eu quero fazer isso”.
“Um dos problemas é que as plantações são muito antigas, mas não dá para tirar todos os pés de café, então nós explicamos como podar para que se formem novos talos e como colocar uma barreira com uma leguminosa que incorpora nitrogênio de forma natural”, explicou
Castañeda. O engenheiro ressaltou que esse projeto está vinculado a outro destinado a concretizar um crédito supervisionado para os pequenos produtores organizados, que querem melhorar seus cafezais. O país possui cerca de 330 mil hectares de café e, de acordo com Castañeda, a metade possui plantações mal planejadas.
“Queremos apresentar este projeto a alguma instituição, como o Banco Mundial. Se conseguirmos poderemos melhorar 100 mil hectares de café. Mas, para isso, precisamos de 200 milhões de dólares”. Trabalham no projeto técnicos agropecuários, que também são cafeicultores, pois suas famílias possuem plantações de café.
O supervisor do grupo, Edgar Romero Molina, é filho de um dos sócios da cooperativa La Florida e formado no centro de capacitação desta mesma instituição. “Minha família aplica essas técnicas em nosso cafezal e também o fazem meus vizinhos. Logo veremos os primeiros resultados, porque somos técnicos de qualidade produzindo café de qualidade,” disse Molina. (La Republica).
Fonte: CIC – Centro de Intgeligencia do Café