Para a safra de 2015/2016, dado ao menor crescimento vegetativo registrado até o momento, devido a perversa anomalia climática no primeiro trimestre de 2014, na fase mais importante de vegetação (Janeiro e Março), juntamente aos menores tratos culturais devido a questões econômicas e a impossibilidade de fazê-los durante o período da estiagem como citado anteriormente, e, com o agravante de uma quantidade de cafeeiros sendo reformados (podados) atualmente, uma perda de 30% no potencial produtivo original de cafés arábicos é perfeitamente dentro da realidade, assim outros 9,6 milhões de sacas devem ser eliminados do potencial produtivo.
Ressalto que atualmente temos uma expressiva reforma das lavouras, com esqueletamento, decotes, recepas e arranquios de cafezais adultos, pois como mencionado o crescimento vegetativo foi pífio em muitíssimas lavouras.
Inclusive, as lavouras jovens (cafeeiros com até 5 anos), o crescimento vegetativo foi pequeno, assim este contingente de lavouras não terão potencial produtivo satisfatórios.
Não haverá nenhuma mágica ou milagre que fará reverter este quadro, pois a arte de produzir café é a arte de produzir ramas vegetativas no cafeeiro.
Então se deduzirmos 9,6 milhões de sacas do potencial produtivo de cafés arábicos que seriam originalmente 32 milhões de sacas de café estimados em Dezembro de 2013, encontramos como potencial produtivo para 2015/2016 o montante de apenas 22,4 milhões de sacas .
Para o café conilon, devemos manter os mesmos 16 milhões de sacas de café, pois nenhum problema climático foi relatado.
Então o potencial produtivo brasileiro para 2015/2016, totaliza 38,40 milhões de sacas.