Patrocínio-MG: pesquisa busca no BAG da Epamig genótipos de café tolerantes ao déficit hídrico Região do Cerrado Mineiro

Na primeira etapa, foram avaliados, em Casa de Vegetação (estufa), 16 acessos do BAG da Epamig e duas testemunhas (um material genético conhecido como tolerante ao déficit hídrico e outro material genético sensível ao déficit hídrico).

17/10/2019 A doutoranda Cyntia Stephânia dos Santos, orientada pelo pesquisador Dr. Gladyston Rodrigues Carvalho, da Epamig, está conduzindo um trabalho no Campo Experimental da Epamig, em Patrocínio (MG), onde avalia acessos do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) da Empresa quanto a tolerância ao déficit hídrico.

Na primeira etapa, foram avaliados, em Casa de Vegetação (estufa), 16 acessos do BAG da Epamig e duas testemunhas (um material genético conhecido como tolerante ao déficit hídrico e outro material genético sensível ao déficit hídrico).

Em Casa de Vegetação, esses acessos foram submetidos a dois tratamentos hídricos:

1 – Suspensão total da irrigação.

2 – Mantendo o solo na capacidade de campo.

Foram realizadas avaliações de 10 em 10 dias a fim de identificar quais acessos têm tolerância ao déficit hídrico e quais não apresentaram tolerância. As avaliações foram:

a) Avaliações fisiológicas: Com auxílio do Analisador de Gases por Infravermelho (em inglês Infra Red Gas Analyzer – IRGA).

b) Potencial Hídrico de antemanhã: Com auxílio da Bomba de Scholander.
– O Potencial Hídrico tem relação com a pressão exercida para absorção de água e a análise é realizada na madrugada, pois é o horário que se estabiliza a água entre o solo e a planta.

c) Bioquímicas e Moleculares: Foram coletadas folhas no horário de máximo estresse das plantas (11h:00 às 12h:00), para posterior análise em laboratório.
– As análises Bioquímicas, visam identificar atividade de enzimas relacionadas ao estresse hídrico.
– As análises Moleculares, visam a identificação de genes que tem relação com sensibilidade/tolerância ao déficit hídrico.

d) Anatomia foliar: Foram coletadas folhas para análise em laboratório, visando identificar estruturas, como tecidos vasculares, que sejam adaptações das plantas a condição de estresse.

Além disso, foram realizadas avaliações agronômicas como área foliar, altura, diâmetro de caule, massa seca entre outras.

Em uma segunda etapa, os acessos selecionados em pelas avaliações em Casa de Vegetação, serão avaliados em Campo, para validação do seu comportamento de tolerância ou sensibilidade ao déficit hídrico.

Essas avaliações serão realizadas em duas épocas distintas, agosto (época seca – realizada no dia 27/08/19) e novembro/dezembro (época chuvosa).

Segundo o coordenador de pesquisa da Fundaccer, Dr. João Paulo Felicori Carvalho, “os resultados servirão de base para o programa de melhoramento da Epamig utilizar em cruzamentos, para a produção de Híbridos F1 com tolerância ao déficit hídrico, linha de pesquisa muito importante para cafeicultura do Cerrado Mineiro.”

Para a doutoranda Cyntia Stephânia dos Santos, “o trabalho realizado permitirá seu treinamento profissional com o desenvolvimento de atividades de laboratório e campo, bem como auxiliará na compreensão de alguns mecanismos de tolerância ao déficit hídrico, além de contribuir para a manutenção da cafeicultura frente aos impactos das mudanças climáticas”.

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