Um dos prédios mais simbólicos da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, foi tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O tombamento do palácio da Bolsa do Café, de 1922, foi publicado quinta-feira (12) no “Diário Oficial” da União.
A Bolsa do Café já era tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) e, na esfera estadual, pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).
“[O tombamento] significa a garantia da preservação da memória do café e sua importância no desenvolvimento cultural, econômico e social do país. Além disso, uma vez tombado, o edifício terá que ser utilizado para fins compatíveis com seu valor histórico, impossibilitando qualquer outra exploração que não seja histórica ou cultural”, disse Guilherme Braga Abreu Pires Filho, presidente da Associação dos Amigos do Museu do Café.
Para a entidade, com o tombamento o prédio e o Museu do Café podem tornar-se mais visíveis, já que passam a ser incluídos em catálogos oficiais dos patrimônios tombados e de interesse cultural.
História
O edifício da Bolsa do Café foi construído em 1922 para centralizar, organizar, e controlar as operações cafeeiras. Construído em homenagem ao centenário da independência do Brasil, o prédio possui estilo arquitetônico eclético, com painéis de Benedito Calixto e abriga a tradicional Sala dos Pregões, usadas para definir as cotações das sacas de café no mercado interno. O último pregão realizado no edifício aconteceu em 1957, quando os negócios do café foram transferidos para São Paulo. Em 1998, o prédio passou por restauração e passou a abrigar o Museu do Café.
Com o tombamento, o prédio da bolsa se junta a outros seis bens tombados pelo Iphan em Santos: igreja e mosteiro de São Bento; ruínas do engenho dos Erasmos; Casa da Frontaria Azulejada; Casa de Câmara e Cadeia; igreja da Ordem Terceira do Carmo e Casa do Trem Bélico.
As informações são da Folha Online.