Para consumidores capixabas e baianos cafés do Paraná são os Melhores do Brasil

Júri Popular do 13º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café terminou nesta sexta-feira, com a etapa da Bahia. Resultado final, com a soma de todas as notas obtidas nas quatro etapas de seleção – SP, PR, ES e BA – será divulgado quinta-feira, dia 26

20 de janeiro de 2017 | Sem comentários Consumo Torrefação

Os consumidores que participaram das duas últimas etapas do Júri Popular do 13º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café, no Espírito Santo e na Bahia, surpreenderam com seus votos. Ambos concluíram que o Melhor Café do Brasil é produzido no Paraná, embora por cafeicultores distintos e com processos de preparo dos lotes diferentes: cereja descascado e natural.
 
Na quinta-feira,  reunido em Vitória, na sede da FINDES – Federação das Indústrias do Espírito Santo, um grupo de 28 consumidores elegeu o café Cereja Descascado produzido por Flávia Garcia Mureb Jacob Saldanha Rodrigues, na Fazenda Califórnia, em Jacarezinho, no Paraná, como o melhor do Brasil. Esse café ficou em 4º lugar na avaliação do Júri Técnico, com a nota de 8,01 pontos, em uma escala de 0 a 10. E nesta sexta-feira, um grupo de 10 consumidores, reunidos em Salvador, na FIEB – Federação das Indústrias do Estado da Bahia, elegeu o café Natural produzido por Evilásio Shigueaki Mori, no Sítio Mori, em Cambira, também no Paraná. Esse café ficou em 7º lugar na avaliação do Júri Técnico, com a nota de 7,82 pontos.
 
A primeira etapa do Júri Popular aconteceu na terça-feira, em São Paulo, e o eleito foi o café produzido por Antônio Rigno de Oliveira em São Judas Tadeu, em Piatã, na Bahia, lote que ficou em segundo lugar no Júri Técnico, com 8,38 pontos. A segunda etapa foi a do Júri Popular do Parana, integrado por 27 consumidores, que elegeu, na quarta-feira, o café do produtor José Alexandre Abreu de Lacerda, cultivado no Sítio Córrego Pedra Menina, no município capixaba de Dores do Rio Preto – exatamente o lote que recebeu a maior avalição do grupo técnico: 8,43 pontos.
 
A ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, entidade promotora do concurso,  fará agora um levantamento de todas as notas obtidas pelos 8 lotes finalistas do certame e divulgará o resultado na quinta-feira (26). A nota do Júri Popular somará 15% na nota global dos lotes finalistas, mais a nota do Júri Técnico, integrado por provadores e especialistas, que corresponde a 70%, e a nota de sustentabilidade da propriedade, cuja pontuação equivale aos 15% restantes.
 
O Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café passou a contar com este inédito Júri Popular na edição de 2015. Além do caráter educativo, essa iniciativa teve como objetivo incluir a opinião e percepção sensorial dessas pessoas, que gostam de café, na escolha dos melhores grãos do Brasil. E com essa divisão das etapas por estado participante, a ABIC também leva em consideração as diferenças de hábitos  e costumes dos consumidores de cada região.
 
Em todas as etapas os trabalhos começaram com uma palestra, feita por um profissional da ABIC, sobre o Programa de Qualidade do Café (PQC), cuja metodologia é única no mundo, pois analisa as propriedades do produto já torrado e moído, da mesma forma que o consumidor encontra nas prateleiras dos supermercados. Na sequência, os participantes provaram separadamente e às cegas (sem saber a origem) o café de cada lote, preparado em filtro. Eles fizeram a seleção seguindo o método da escala hedônica, expressando o grau de gostar ou desgostar, de forma geral, ou em relação a um atributo específico (fragrância, aroma, acidez, amargor, adstringência, corpo e sabor). A ABIC optou por este tipo de avaliação por ser amplamente utilizada na mensuração de atributos sensoriais de alimentos e entre testes de preferência.
 
Para Ricardo de Sousa Silveira, presidente da ABIC, a inclusão dos consumidores no processo de seleção é um reconhecimento e uma homenagem que a entidade faz aos brasileiros, que consomem 40% da safra anual do grão, fazendo-o presente em 98% dos lares, representando um consumo médio de 81 litros por habitante/ano.
 
Calendário
 
No dia 26 de janeiro serão divulgados o café campeão e a relação dos finalistas, conforme soma das notas do Júri Técnico, Júri Popular e Sustentabilidade.
 
De 26 de janeiro a 3 de fevereiro acontecerá o leilão desses cafés, aberto a torrefadoras, cafeterias e demais pessoas jurídicas interessadas. Nesta edição, os lances poderão ser visualizados e acompanhados diretamente no portal da ABIC (abic.com.br), permitindo maior competição entre os participantes.
 
No dia 7 de fevereiro serão divulgadas as empresas campeãs do leilão, que são aquelas que deram os maiores lances. Todos os cafés serão industrializados e chegam aos consumidores em abril, compondo a 13ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil.

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