07/12/2006 06:12:52 –
Quebras das safra do café e do trigo nos últimos meses devem afetar o bolso do consumidor em breve. Reajustes devem ficar acima de 5%
O café da manhã dos pernambucanos deve ficar mais caro até o fim do ano. As quebras de safra do café e do trigo nos últimos meses devem afetar em breve o bolso do consumidor, com reajustes acima de 5%. No caso do pão, os preços foram pressionados para cima a partir do reajuste de até 12% no preço do saco de 50 quilos de farinha de trigo, principal ingrediente para a fabricação do produto. O café, por sua vez, vem sinalizando aumento nas prateleiras desde agosto, quando o preço da saca de 60 quilos sofreu valorização de 12%.
Além da redução na produção de trigo, o aumento no preço do pão se explica por outros fatores. A categoria dos empregados no setor da panificação teve um reajuste salarial de 6% e os panificadores ainda se queixam do aumento dos gastos com energia elétrica. “Nós estamos recomendando que as panificadoras atualizem suas planilhas de custos”, explica o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Pernambuco (Sindipão), José Cosme da Silva.
A tendência é confirmada pelo presidente da Associação dos Industriais da Panificação de Pernambuco (AIPP), Fernando Júnior. “No momento, o preço do pão está estável, mas cada panificador está revendo seus custos e fazendo avaliações. Quem tem estoque (de farinha de trigo) está mantendo os preços, mas quem não tem precisa repassar os custos”, explica. Os panificadores temem uma redução expressiva nas vendas com o aumento do preço. Atualmente, o quilo do pão custa em média R$ 4,50.
São várias também as explicações para o aumento do preço do café. A escassez de chuvas no mês de setembro dificultou a floração dos cafezais nos principais estados produtores do Brasil, como São Paulo e Minas Gerais. Em função disto, analistas prevêem uma quebra de até 50% na safra atual. O aumento na demanda dos países do hemisfério norte pelo produto nos próximos anos, em função da chegada do inverno, deve elevar ainda mais o seu preço.
“O aumento no café não aconteceu em Pernambuco devido à concorrência entre as empresas, mas a tendência é que ele fique mais caro em dezembro. Outros Estados já repassaram esse preço ao consumidor”, explica o presidente da Associação Pernambucana dos Supermercados (Apes), Geraldo José da Silva. Ele lembra que, no início do segundo semestre, a saca com 60 quilos do produto custava R$ 260 mas, em novembro, esse valor passou para R$ 290. Ele prevê um reajuste de 5% a 6% do preço do café.
Como se não bastasse, a produção dos cafezais alterna anos de alta e de baixa produtividade, fenômeno conhecido como bianualidade. O ano de 2006 foi de alta produtividade, com safra estimada em 41,6 milhões de sacas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso aponta para uma safra menor em 2007, com previsões de quebra de até 40%. A estimativa é que o Brasil colha apenas 30 milhões de sacas na próxima safra, o que pode encarecer ainda mais o preço do produto para os consumidores.
07/12/2006 06:12:52 –
Quebras das safra do café e do trigo nos últimos meses devem afetar o bolso do consumidor em breve. Reajustes devem ficar acima de 5%
O café da manhã dos pernambucanos deve ficar mais caro até o fim do ano. As quebras de safra do café e do trigo nos últimos meses devem afetar em breve o bolso do consumidor, com reajustes acima de 5%. No caso do pão, os preços foram pressionados para cima a partir do reajuste de até 12% no preço do saco de 50 quilos de farinha de trigo, principal ingrediente para a fabricação do produto. O café, por sua vez, vem sinalizando aumento nas prateleiras desde agosto, quando o preço da saca de 60 quilos sofreu valorização de 12%.
Além da redução na produção de trigo, o aumento no preço do pão se explica por outros fatores. A categoria dos empregados no setor da panificação teve um reajuste salarial de 6% e os panificadores ainda se queixam do aumento dos gastos com energia elétrica. “Nós estamos recomendando que as panificadoras atualizem suas planilhas de custos”, explica o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Pernambuco (Sindipão), José Cosme da Silva.
A tendência é confirmada pelo presidente da Associação dos Industriais da Panificação de Pernambuco (AIPP), Fernando Júnior. “No momento, o preço do pão está estável, mas cada panificador está revendo seus custos e fazendo avaliações. Quem tem estoque (de farinha de trigo) está mantendo os preços, mas quem não tem precisa repassar os custos”, explica. Os panificadores temem uma redução expressiva nas vendas com o aumento do preço. Atualmente, o quilo do pão custa em média R$ 4,50.
São várias também as explicações para o aumento do preço do café. A escassez de chuvas no mês de setembro dificultou a floração dos cafezais nos principais estados produtores do Brasil, como São Paulo e Minas Gerais. Em função disto, analistas prevêem uma quebra de até 50% na safra atual. O aumento na demanda dos países do hemisfério norte pelo produto nos próximos anos, em função da chegada do inverno, deve elevar ainda mais o seu preço.
“O aumento no café não aconteceu em Pernambuco devido à concorrência entre as empresas, mas a tendência é que ele fique mais caro em dezembro. Outros Estados já repassaram esse preço ao consumidor”, explica o presidente da Associação Pernambucana dos Supermercados (Apes), Geraldo José da Silva. Ele lembra que, no início do segundo semestre, a saca com 60 quilos do produto custava R$ 260 mas, em novembro, esse valor passou para R$ 290. Ele prevê um reajuste de 5% a 6% do preço do café.
Como se não bastasse, a produção dos cafezais alterna anos de alta e de baixa produtividade, fenômeno conhecido como bianualidade. O ano de 2006 foi de alta produtividade, com safra estimada em 41,6 milhões de sacas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso aponta para uma safra menor em 2007, com previsões de quebra de até 40%. A estimativa é que o Brasil colha apenas 30 milhões de sacas na próxima safra, o que pode encarecer ainda mais o preço do produto para os consumidores.