A colheita do conillon em Rondônia já chega a cerca de 50% da produção estimada, que deverá ser de 1,8 milhão de sacas, segundo corretores locais. No início de junho, a colheita girava em torno de 35%, de acordo com informações do proprietário da Cafeeira Jodan, Daniel Constance.
O atraso se deve em parte à concorrência com a colheita de feijão, que registrou expressivo aumento de preço nos últimos meses. “Essa situação permaneceu principalmente até o início de junho, mas agora praticamente já acabou a colheita do feijão e foram acelerados os trabalhos no café”, destacou Daniel, estimando que no máximo em mais 40 dias o restante da safra de café já terá sido colhido. “O tempo firmou, com sol, e as chuvas escassearam”, revelou.
Já na região de atuação da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Caratinga (Coopercafé), na Zona da Mata de Minas Gerais, a colheita está em 40% dos grãos, um pouco atrasada em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o gerente de comercialização da cooperativa, Paulo Tavares, os produtores encontram dificuldades com a escassez da mão-de-obra. “Os grãos já começaram a secar nas árvores, correndo o risco de alterar a qualidade da bebida se o café fermentar no pé”, afirmou.
Na região da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Marília (Coopermar), atuante no centro-oeste de São Paulo, os trabalhos estão parados devido às chuvas constantes que reiniciaram no início da semana. Segundo o engenheiro agrônomo da cooperativa, Aurélio Giroto, estima-se que apenas 10% dos grãos tenham sido apanhados até o momento. Segundo ele, a comercialização também está parada. Da nova safra (2008/09) números irrisórios são comercializados, já que ainda não chegou nenhum lote de café na cooperativa. Da safra passada restam somente 10% para venda.
Em compensação, no Espírito Santo a colheita de conillon evoluiu satisfatoriamente nos últimos dias e já atinge cerca de 60% a 70% do total. Cerca de 20% da safra de arábica capixaba foram colhidas até agora. A média geral da colheita no estado estaria em torno dos 50%, segundo análises de Marcus Magalhães, da Maros Corretora. As informações são da Agência Safras.