Palestra sobre a cafeicultura do cerrado trará informações para valorizar outras regiões

Cyntia Dutra Menezes |  Embrapa Café


No VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, o estado de arte da cafeicultura do cerrado brasileiro será tema de palestra que deve atrair produtores, profissionais técnicos, agrônomos, pesquisadores, bem como administradores de propriedades. O palestrante Francisco Sérgio de Assis, presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado (FCC) e de outras associações voltadas à cafeicultura vai apresentar ao público as características da região do cerrado, programas de certificação, organização de entidades e estratégias de valorização de regiões produtoras. Com a palestra, Assis irá disponibilizar uma visualização geral do estado de arte da cafeicultura do cerrado para os amantes do café em seus vários segmentos, além de abordar a cafeicultura ética, rastreável e de alta qualidade.
 
“Irei falar das características que fazem do cerrado mineiro uma região produtora de cafés diferenciados e dos fatores que sustentam sua indicação geográfica, tais como o savoir faire (saber fazer) dos produtores e as peculiaridades geográficas”, explica Assis. A intenção dele é levar ao conhecimento do público as diferenças de qualidade de um mesmo produto em virtude de sua origem.
 
A respeito dos programas de certificação que embasam os controles da Indicação Geográfica protegida do cerrado mineiro, o presidente da FCC afirma que fornecerá informações com o embasamento técnico necessário para transformar positivamente o marketing de regiões que produzem café.
 
Vale lembrar que o cerrado mineiro foi o primeiro bioma a conquistar indicação geográfica para o café brasileiro. Atualmente, mais de 200 fazendas da região estão certificadas com indicação geográfica e respondem por 20% da produção, o equivalente a 700 mil sacas. Em 2010, de acordo com levantamento de safra realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita foi de 34,84 sacas por hectare, superando a média do próprio Estado. Minas Gerais é o maior produtor do Brasil e ficou em 24,99 sacas por hectare. Já o cerrado baiano foi o campeão de produtividade, alcançando 39,6 sacas por hectare.
 
A organização de entidades, como associações, cooperativas, fundações e federações também será tema da palestra. “O objetivo é demonstrar a relevância da cafeicultura do cerrado mineiro para o produtor e para a sociedade”, observa Assis. Segundo ele, sua palestra também deve esclarecer como criar um elo de percepção entre os consumidores e o produto (café). “Para isso, falarei sobre as estratégias utilizadas para valorizar a região, os produtores e suas ofertas”, esclarece.
 
A importância dos temas abordados na palestra, de acordo com Assis, encontra-se na maior compreensão do funcionamento dos processos e do marketing da cafeicultura regional e específica. Com isso, torna-se possível a busca por práticas que conduzam a um melhor desempenho da produção, permitindo o desenvolvimento da sustentabilidade e da competitividade nas demais regiões cafeeiras do Brasil. “Além disso, alavanca-se a imagem internacional do país como produtor de qualidade e de quantidade de café”, observa.
 
Sobre o VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil: o evento será realizado no Tauá Grande Hotel Termas e Convention, em Araxá (MG), de 22 a 25 de agosto. A palestra sobre o estado da arte da cafeeicultura do cerrado brasileiro ocorre no dia 24. O simpósio é uma realização do Consórcio Pesquisa Café, com organização da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e co-organização da Embrapa Café. Para mais informações, visite o site do Simpósio.

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