Por Priscila Machado
O mercado de cafés especiais deve crescer 10% em 2007 e as exportações, que atualmente respondem por 70% desse mercado, serão reduzidas a 50% devido ao aumento da demanda interna. “O Brasil apresenta um crescimento acelerado nesse segmento, a certificação de cafés aumenta cerca de 30% ao ano e várias redes de cafeteria estão em expansão, o que nos leva a crer num crescimento de pelo menos 10% em 2007” afirma o presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA — sigla em inglês), Marcelo Vieira.
O diretor de Marketing da Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC – sigla em inglês), João Guilherme Martins, acredita que em 2010 o País estará consumindo pelo menos metade do café especial que produz. “O Brasil é a menina dos olhos desse mercado. Estados Unidos e Europa não irão se expandir tanto”, acredita.
Segundo o diretor executivo da BSCA, Alexandre Gonzaga, o hábito de sair de casa para tomar um café de alto padrão já está consolidado. “Hoje, o grande desafio do setor é fazer o consumidor buscar o café especial na prateleira”, avalia.
Outro desafio é firmar o papel do produtor, impedindo que o café seja vendido sem o selo de garantia: “A tendência é que as indústrias queiram desvincular sua marca da região de origem”.
O Brasil hoje detém cerca de 10% de participação desse mercado, que movimenta R$ 180 milhões por ano e exporta cerca de 1 milhão de sacas (10% da produção mundial). “Podemos triplicar esse volume” afirma Vieira.
Em 2007, além de focar no mercado interno o País deve expandir sua ação na Ásia e consolidar o mercado nos Estados Unidos e na Europa.
As exportações dos associados da BSCA aumentaram de 258 mil sacas em 2005 para 293 mil no ano passado e a tendência é continuar crescendo.
A associação pretende aceitar novos associados, que ainda não possuem o grau de excelência necessário e prepará-los para que consigam a certificação.
A AMSC, que registrou um crescimento de 15% em 2006, visa à expansão da marca no Brasil. “A demanda interna é tão crescente que já começa a disputar com o mercado externo” revela Martins.
A Alta Mogiana, que é a maior produtora de cafés especiais no Brasil, terá maior destaque este ano com a inauguração da cafeteria Octávio Café, que irá vender o café dos associados da AMSC.
Além do aumento da demanda o mercado de cafés especiais se mostra atrativo pela remuneração, com um preço em média US$ 30 acima do café comum. “Nos momentos de crise do setor o segmento de especiais não é tão prejudicado, pois o comprador acaba sustentando o produtor visando manter a qualidade da marca” avalia Vieira.
Saca a US$ 686
Para promover o mercado de cafés especiais o setor realiza concursos de qualidade para selecionar os melhores cafés produzidos no Brasil que depois são leiloados aos grandes importadores.
O último leilão, na terça-feira, teve uma média de US$ 686 a saca, enquanto que no ano passado a média foi de US$ 530. Cerca de 80% das fazendas que venceram os concursos anteriores continuaram negociando com os compradores. Para Vieira o principal trabalho da BSCA é reposicionar a imagem do café brasileiro e gerar oportunidade aos produtores em negociar diretamente com esses compradores:
“Queremos estabelecer um novo canal com um comprador que está disposto a pagar mais caro para ter um produto de qualidade”, diz.
Para promover os cafés especiais o setor conta com R$ 11,5 milhões de financiamento da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) que, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic) tem um projeto com duração de dois anos.
Ontem, a barista Silvia Magalhães, do Octavio Cafés Especiais, foi eleita a melhor profissional no preparo de cafés do país no 6º Campeonato Brasileiro de Barista, realizado em São Paulo, de 15 a 17 de janeiro. A tricampeã (ela também ganhou a competição em 2002 e 2003) apresentou ao júri os quatro espressos e os quatro cappuccinos, como exige o regulamento, além de um drink de sua autoria: “Tesouro”, preparado com espresso, chocolate branco, caramelo, gelo, ovos nevados e ouro em pó.
O mercado de cafés especiais deve crescer 10% em 2007 e as exportações, que atualmente respondem por 70% desse mercado, serão reduzidas a 50% devido ao aumento da demanda interna. “O Brasil apresenta um crescimento acelerado nesse segmento, a certificação de cafés aumenta cerca de 30% ao ano e várias redes de cafeteria estão em expansão, o que nos leva a crer num crescimento de pelo menos 10% em 2007” afirma o presidente da Associação Brasileira de cafés Especiais (BSCA — sigla em inglês), Marcelo Vieira.
O diretor de Marketing da Associação dos Produtores de cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC – sigla em inglês), João Guilherme Martins, acredita que em 2010 o País estará consumindo pelo menos metade do café especial que produz. “O Brasil é a menina dos olhos desse mercado. Estados Unidos e Europa não irão se expandir tanto”, acredita.
Segundo o diretor executivo da BSCA, Alexandre Gonzaga, o hábito de sair de casa para tomar um café de alto padrão já está consolidado. “Hoje, o grande desafio do setor é fazer o consumidor buscar o café especial na prateleira”, avalia.
Outro desafio é firmar o papel do produtor, impedindo que o café seja vendido sem o selo de garantia: “A tendência é que as indústrias queiram desvincular sua marca da região de origem”.
O Brasil hoje detém cerca de 10% de participação desse mercado, que movimenta R$ 180 milhões por ano e exporta cerca de 1 milhão de sacas (10% da produção mundial). “Podemos triplicar esse volume” afirma Vieira.
Em 2007, além de focar no mercado interno o País deve expandir sua ação na Ásia e consolidar o mercado nos Estados Unidos e na Europa.
As exportações dos associados da BSCA aumentaram de 258 mil sacas em 2005 para 293 mil no ano passado e a tendência é continuar crescendo.
A associação pretende aceitar novos associados, que ainda não possuem o grau de excelência necessário e prepará-los para que consigam a certificação.
A AMSC, que registrou um crescimento de 15% em 2006, visa à expansão da marca no Brasil. “A demanda interna é tão crescente que já começa a disputar com o mercado externo” revela Martins.
A Alta Mogiana, que é a maior produtora de cafés especiais no Brasil, terá maior destaque este ano com a inauguração da cafeteria Octávio café, que irá vender o café dos associados da AMSC.
Além do aumento da demanda o mercado de cafés especiais se mostra atrativo pela remuneração, com um preço em média US$ 30 acima do café comum. “Nos momentos de crise do setor o segmento de especiais não é tão prejudicado, pois o comprador acaba sustentando o produtor visando manter a qualidade da marca” avalia Vieira.
Saca a US$ 686
Para promover o mercado de cafés especiais o setor realiza concursos de qualidade para selecionar os melhores cafés produzidos no Brasil que depois são leiloados aos grandes importadores.
O último leilão, na terça-feira, teve uma média de US$ 686 a saca, enquanto que no ano passado a média foi de US$ 530. Cerca de 80% das fazendas que venceram os concursos anteriores continuaram negociando com os compradores. Para Vieira o principal trabalho da BSCA é reposicionar a imagem do café brasileiro e gerar oportunidade aos produtores em negociar diretamente com esses compradores:
“Queremos estabelecer um novo canal com um comprador que está disposto a pagar mais caro para ter um produto de qualidade”, diz.
Para promover os cafés especiais o setor conta com R$ 11,5 milhões de financiamento da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) que, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de café (Abic) tem um projeto com duração de dois anos.
Ontem, a barista Silvia Magalhães, do Octavio cafés Especiais, foi eleita a melhor profissional no preparo de cafés do país no 6º Campeonato Brasileiro de Barista, realizado em São Paulo, de 15 a 17 de janeiro. A tricampeã (ela também ganhou a competição em 2002 e 2003) apresentou ao júri os quatro espressos e os quatro cappuccinos, como exige o regulamento, além de um drink de sua autoria: “Tesouro”, preparado com espresso, chocolate branco, caramelo, gelo, ovos nevados e ouro em pó.