Painel confronta produção de Arábica e Robusta, durante o Agrocafé

Especialistas apresentam as perspectivas de produção de produção dos cafés do Brasil


O Brasil é um dos poucos países que produz as duas espécies de café, o coffea arabica ou Arábica e o coffea canephora, ou Robusta. O Arábica, originário do Oriente, de melhor qualidade, possui o mais requintado aroma e os mais intensos sabores. As plantas de Arábica são mais sensíveis e exigentes com relação ao tipo de solo e clima, sendo por isto necessárias diversas práticas de tratos culturais e fitossanitários, bem como fertilidade de solo. Elas se adaptam em altitudes próximas de 1000 m e temperaturas amenas (sofrem em temperaturas acima de 30º C). O Robusta ou Conilon, originário da África, mais rude, não possui sabores variados e refinados, possuindo o dobro de cafeína do Arábica (1,2% no Arábica e 2,4% no Robusta). As plantas do robusta se adaptam a baixas altitudes e suportam altas temperaturas e regiões úmidas.

Mas afinal, qual a melhor espécie para se plantar? Arábia ou Robusta?. A questão foi levantada no 10º Simpósio Nacional do Agronegócio Café, em Salvador na Bahia. O Espírito Santo é o estado que mais produz café robusta no país e defendeu a espécie no congresso. O pesquisador Aymbiré Fancisco de Almeida Fonseca, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), falou sobre a produção do grão no Estado. Segundo ele, a tendência é haja um aumento na produção do Robusta. Hoje 35,1% da produção mundial são de cafés Conilons e 64,9% de Arábica sendo, o Brasil responsável por 19% da produção de Robusta e 81% da produção de Arábica. “Estamos no caminho certo para o cultivo do Conilon”, afirma Fonseca.

O superintende do Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (CETCAF), Frederico de Almeida Daher, mostrou a evolução do consumo de café no Brasil e Projeção para o consumo até 2010.

De acordo com a projeção da Abic, o Brasil deve consumir até 2010, 21 milhões de sacas por ano. Daher mostrou também a necessidade brasileira de produzir mais café. Segundo ele, em 2010, com as exportações podem chegar a 30 milhões de sacas e o consumo a 21 milhões, o que demandaria uma produção de 51 milhões de sacas, mas média da produção nos últimos 10 anos é de 38,5 milhões de sacas, portanto haverá um déficit 12,5 milhões de saca. “Devemos trilhar o caminho de aumentar a produção com produtividade, qualidade e sustentabilidade”, adverte.

Ainda participou do debate Dr. Lucas Tadeu Ferreira, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e A. Fonseca da Embrapa Café.

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O Brasil é um dos poucos países que produz as duas espécies de café, o coffea arabica ou Arábica e o coffea canephora, ou Robusta. O Arábica, originário do Oriente, de melhor qualidade, possui o mais requintado aroma e os mais intensos sabores. As plantas de Arábica são mais sensíveis e exigentes com relação ao tipo de solo e clima, sendo por isto necessárias diversas práticas de tratos culturais e fitossanitários, bem como fertilidade de solo. Elas se adaptam em altitudes próximas de 1000 m e temperaturas amenas (sofrem em temperaturas acima de 30º C).

O Robusta ou Conilon, originário da África, mais rude, não possui sabores variados e refinados, possuindo o dobro de cafeína do Arábica (1,2% no Arábica e 2,4% no Robusta). As plantas do robusta se adaptam a baixas altitudes e suportam altas temperaturas e regiões úmidas. Mas afinal, qual a melhor espécie para se plantar? Arábia ou Robusta?. A questão foi levantada no 10º Simpósio Nacional do Agronegócio Café, em Salvador na Bahia. O Espírito Santo é o estado que mais produz café robusta no país e defendeu a espécie no congresso. O pesquisador Aymbiré Fancisco de Almeida Fonseca, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), falou sobre a produção do grão no Estado. Segundo ele, a tendência é haja um aumento na produção do Robusta. Hoje 35,1% da produção mundial são de cafés Conilons e 64,9% de Arábica sendo, o Brasil responsável por 19% da produção de Robusta e 81% da produção de Arábica. “Estamos no caminho certo para o cultivo do Conilon”, afirma Fonseca.

O superintende do Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (CETCAF), Frederico de Almeida Daher, mostrou a evolução do consumo de café no Brasil e Projeção para o consumo até 2010.

De acordo com a projeção da Abic, o Brasil deve consumir até 2010, 21 milhões de sacas por ano. Daher mostrou também a necessidade brasileira de produzir mais café. Segundo ele, em 2010, com as exportações podem chegar a 30 milhões de sacas e o consumo a 21 milhões, o que demandaria uma produção de 51 milhões de sacas, mas média da produção nos últimos 10 anos é de 38,5 milhões de sacas, portanto haverá um déficit 12,5 milhões de saca. “Devemos trilhar o caminho de aumentar a produção com produtividade, qualidade e sustentabilidade”, adverte.

Ainda participou do debate Dr. Lucas Tadeu Ferreira, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e A. Fonseca da Embrapa Café.

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