A produção orgânica deve se dar em um ambiente em que certos fatores não comprometam a qualidade da produção, como regiões em que a poluição do ar possa contaminar os recursos naturais – solo, água, fauna e flora – e a produção agrícola, ou a poluição da água impeça o seu uso para irrigação ou consumo humano ou animal.
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento de sistemas agrícolas que possam produzir alimentos e fibras em quantidade e qualidade suficientes sem afetar desfavoravelmente nossos recursos de solo e o meio ambiente, será um dos maiores desafios para a agricultura neste final de século.
A agricultura orgânica tem sido tema de debates recentes sobre os rumos da produção, e é hoje unia realidade nacional e internacional, com redes de comercialização, diversos movimentos e entidades com atuação nesta área. Vem se constituindo uma alternativa para a produção de alimentos, capaz de atender as necessidades humanas no presente e no futuro.
Grande parte das técnicas propostas pela agricultura orgânica estio sendo aplicadas ao cultivo de café, principalmente na região Sul de Minas Gerais e cidades do interior de S. Paulo. Os produtores orgânicos utilizam uma diversidade de práticas e conceitos que foram identificados no Relatório do Ministério da Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 1984). Em todas as correntes orgânicas , há dois princípios básicos, o primeiro é a não utilização de agrotóxicos, que desequilibram o solo e a planta e eliminam os inimigos naturais; o segundo é que os sistemas de produção orgânico geram um equilíbrio solo/planta pelo uso da matéria orgânica, produzindo plantas mais resistentes as pragas e doenças.
A cafeicultura conduzida em sistemas de produção orgânico ou convencional, constitui-se em uma atividade extremamente complexa, e como tal deve ser administrada com eficiência, possibilitando assim, maior retorno do capital investido. Para isto, é necessário que o cafeicultor tenha conhecimento das técnicas agronômicas de forma clara e precisa, que poderiam contribuir para o sucesso de seu empreendimento
A crescente procura por técnicas naturais de cultivo de café, exige atualmente que a cafeicultura entre em um período de transformação. A tecnologia moderna, centrada no uso de agro-químicos e na dependência de insumos externos, tem sido questionada quanto a sua viabilidade e sustentabilidade econômica/ambiental, colocando-se em contrapartida a cafeicultura orgânica.
Em várias regiões do Brasil, já existem cafeicultores que produzem sem o uso de adubos químicos e agrotóxicos, atendendo a um mercado consumidor ascendente que busca os chamados alimentos “orgânicos”, baseados em conceitos novos de sistema de produção como “Agroecológico”e “Auto-sustentável”.
O presente trabalho originou-se de uma coletânea de informações sobre o tema, visando suprir a demanda tecnológica, gerada pela necessidade de atender aos cafeicultores que optaram por produzir organicamente,, ressaltando-se a escassez quase total de trabalhos científicos referentes ao tema no Brasil, o que leva o agricultor a agir por tentativa, e os técnicos responsáveis pela assistência técnica, a recomendarem com base nos conhecimentos desenvolvidos em sistemas agro-químicos. Esperamos fornecer subsídios “básicos” e úteis para a implantação e condução desse novo sistema de produção da cafeicultura, confiantes que já foi dado o primeiro passo, no sentido de conscientizar a comunidade científica brasileira, sobre a importância dessa nova linha de pesquisa.
Na cafeicultura, a qualificação “orgânica” vem chamando a atenção de um número expressivo de profissionais, pesquisadores e produtores. Atualmente proliferam inúmeras tentativas no sentido de definir o que é a cafeicultura orgânica, e fica fácil perceber que o interesse por esta noção indica o desejo de estabelecimento de um novo padrão produtivo que garanta a qualidade do produto sem agredir o meio ambiente.
O primeiro passo para caracterizar o café orgânico, é a compreensão da definição de agricultura orgânica, como se costuma denominar o processo de cultivar organicamente, objeto de grande polemica e preconceito. Isso se deve a vários fatores: um deles está ligado à variada terminologia que se utiliza para expressar os conceitos de orgânico: “ecológico”, “biodinâmico”, “biológico”, “natural”, e mais recentemente em termos mais modernos, como “sustentável” ou “durável”, representado várias correntes orgânica. com sistemas, métodos e concepções diferentes.
Outro factor que gera polemica, é descrever agricultura orgânica como a “ausência do emprego de substâncias químicas”, pois esta é uma expressão restrita, sendo que a ênfase não é na produção e uso de novos fertilizantes, preparados fitossanitários ou outros aditivos, atas no respeito a uma série de princípios baseados na preservação do meio ambiente, qualidade de vida dos empregados e produto qualitativo. Segundo USDA (1984), esses modelos de agricultura propôem uma visão holística baseada em alguns princípios básicos e crença. que podem ser chamadas de “ética orgânica”.
A importância do café cultivado pelos métodos de agricultura orgânica, não é tanto pelo volume de café que se vende, mas pelo esforço dos produtores em adquirir conhecimentos sobre técnicas agrícolas, que atendam aos dois principais objetivos do desenvolvimento sustentável, ou seja:
proporcionar alternativas menos nocivas para a manutenção da fertilidade do solo e da qualidade dos recursos naturais e contribuir para que pequenos e médios agricultores que operam com base no uso intensivo de mão-de-obra se organizem em sistemas de cooperativas que lhes garantam acesso ao mercado.
A maioria do “café orgânico” produzido no Brasil é exportado para os Estados Unidos, Alemanha, França e Japão. Muitos cafeicultores e instituições, de pesquisa têm buscado maiores informações sobre esse sistema de manejo. Uma vez que, o café produzido de acordo com as normas estabelecidas pelas entidades certificadoras de produtos orgânico., tem alcançado preços elevados, comparando-se com o café produzido pelo manejo convencional.
Os lucros do café ecologicamente correto, irão depender da interação das novas tecnologias de manejo da lavoura que aumentam substancialmente os custos, com a obtenção de maior produção por área, levando a uma maximização da renda do cafeicultor aliada a qualidade do produto. A não utilização de fertilizantes químicos e agrotôxicos no manejo da lavoura cafeeira, pode ocasionar unta possível redução de sua produtividade, porém, obtém-se um produto de alta qualidade e que possuem preço diferenciado no mercado internacional.
Fonte: Floresta site http://www.florestasite.com.br/cafeorga.htm
Todos os dados que constam em nosso site, são provenientes do aprendizado que todos nós adquirimos em nosso dia a dia, estes por sua vez vem de manuais, livros, bate-papos, CATI, UFLA, ESALQ,USC,USP, USDA, UP, UNIFRAN, Purdue University, Ministério da Agricultura, secretarias, agronomos, sindicatos, amigos e outros, as vezes estes dados podem conter informações coletadas de trabalhos de instituições ou centros de pesquisas que fogem do nosso conhecimento, mas que conhecemos seu trabalho.
Nós do florestasite desde já salientamos que a nossa intenção é de informar ou trocar informações entre todos aqueles que vivem da terra.
Se alguém achar que estamos usando indevidamente qualquer informação de sua propriedade, ou que não tenhamos colocado a fonte, envie suas informações e a colocaremos, ou ainda e se voce achar que estamos atrapalhando-o, nós imediatamente a retiraremos do nosso conteúdo.
Agradecemos a todos que de uma maneira ou de outra tem colaborado para a sobrevivência deste site.