Os melhores cafés de Minas

Saca de grãos premiados em concurso de qualidade da Emater-MG alcança até R$ 855 em leilão

15 de novembro de 2005 | Sem comentários Cafés Especiais Produção
Por: Estado de Minas

Os nomes dos produtores dos melhores cafés do estado, vencedores do 2º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, foram anunciados quinta-feira pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG). A maior vantagem para os produtores que participam é a valorização do seu produto num mercado disposto a pagar altas somas pela qualidade. No leilão realizado em Lavras terça-feira passada com os lotes vencedores, uma saca de 60kg de café orgânico certificado foi vendida a R$ 855. O valor médio por saca ficou em R$ 587,40 – o que significou ágio de 106,1% em relação à cotação do dia 8, para cafés de qualidade (de R$ 270).

“O leilão é uma oportunidade de demonstrar o reconhecimento aos produtores que se preocupam com a qualidade do café. O ágio médio deste ano superou o do último concurso, em 2004, o que reafirma a importância de obter um produto melhor, para alcançar maior remuneração. Há compradores dispostos a pagar preços muito bons pelos melhores cafés”, afirma Marcelo Felipe, coordenador técnico da Emater-MG.

O presidente da Emater-MG, José Silva Soares, destacou a importância do concurso de qualidade de café, pois o produto corresponde a 40% das exportações do estado. “Os melhores cafés do Brasil saem de Minas”, afirmou. “Queremos estimular os agricultores a se profissionalizarem, a gerir suas propriedades como empresas lucrativas. E esse concurso é especialmente importante, pois é aberto aos pequenos agricultores familiares, que são responsáveis por 70% do café produzido no estado.”

O número de cafeicultores inscritos aumentou 50% este ano. Em todo o estado, 980 amostras foram inscritas no concurso, contra 652 no ano passado. A região de Guaxupé registrou a maior concentração de amostras: 253 de 16 municípios.

CERRADO A terceira edição do Concurso de Qualidade do Café do Cerrado também trouxe bons resultados para os produtores. O vencedor da série cereja descascada, Eduardo Eustáquio de Andrade, de Carmo do Paranaíba, comercializou a saca de 60kg a US$ 380 (cerca de R$ 800) e o da série natural, Carlo Diamante, de Estrela do Sul, a US$ 320 (R$ 700). “O concurso, além de render bons dividendos aos produtores, é um espelho para mostrarmos a região em nível mundial. Recebemos árbitros de vários países que não conheciam o cerrado e que ficaram encantados com a topografia, tecnologia, clima e gestão das propriedades”, afirma o gerente-comercial da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocaccer), André Gomes Peres.

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