Dr. Filippo Pedrinola/Revista Menu
As virtudes medicinais dos chás são de conhecimento milenar. Já na civilização egípcia, 1.500 anos a.C., o uso do sene, tão popular até hoje, era descrito. Devido à evolução da indústria farmacêutica nos anos 50, diminuiu-se o uso das plantas medicinais, que foram substituídas pelos medicamentos sintéticos.
Na década de 80, o interesse pelos recursos fitoterápicos voltou a crescer, desta vez com investimentos para a pesquisa nessa área. Afinal é inegável que “as ervas podem curar” e essas soluções podem ser mais baratas e muitos eficazes.
Contudo, não podemos esquecer de que é necessário fazer “bom uso” deste recurso. Por exemplo, o chá de pata de vaca é recomendado para melhorar o controle da glicemia em diabéticos, mas não é incomum que pacientes que necessitam de insulina apresentem complicações quando decidem seguir a sabedoria popular e suspender a insulina, adotando apenas o chá como tratamento. Outro ponto a ser ressaltado é que o chá-mate e o chá preto podem impedir a adequada absorção de ferro e cálcio (por causa da presença do tanino).
Estes chás também contêm cafeína na sua composição. Sabemos que é fundamental hidratar nosso corpo. Uma adequada hidratação auxilia no funcionamento intestinal, na produção de enzimas digestivas, no equilíbrio hídrico de todas as células, inclusive diminuindo inchaços.
Tomando chás, além de conseguirmos os efeitos de hidratação, podemos potencializar os benefícios com as propriedades específicas de cada planta e, ainda, ajudar o metabolismo no processo de desintoxicação por meio das catequinas, substâncias presente nos chás de ervas.
Revista Água na Boca