Organização Internacional do Café prevê safra recorde em 2010

Após crise que afetou indústria cafeeira, OIC estima produção recorde para 2010

 Após crise que afetou indústria cafeeira, OIC estima produção recorde para 2010


A safra de café em 2010 deverá ficar entre 50 milhões e 55 milhões de sacas de 60 quilos, número recorde, desde 2002, quando atingiu 48 milhões de sacas. A estimativa é da OIC (Organização Internacional do Café), que prevê revanche após a crise econômica internacional, que afetou a indústria cafeeira.


O consumo, que deu sinais de desaceleração entre o fim de 2008 e o primeiro trimestre deste ano, e que prometia crescimento tímido de 3%, já cresceu 8% até setembro. A expectativa, conforme Nathan Herszkowicz, diretor da Associação Brasileira da Indústria do café (Abic), é de que atinja 18,5 milhões de sacas em 2009, ante 17,2 milhões em 2008. Os números de 2010 poderão ser 5% maiores.


Segundos estimativas da OIC, a produção mundial de café deverá ficar entre 123 milhões e 125 milhões de sacas de 60 quilos na safra 2009/10.


“Apesar dos bons volumes de produção, consumo e exportação, a cadeia produtora enfrenta baixa rentabilidade, uma vez que os preços internacionais, embora firmes entre US$ 1,25 a US$ 1,40 por libra-peso, não encontram novo viés de alta. O real valorizado sobre o dólar e os altos custos de produção, como reflexo da guinada nos preços do insumos, limitam os ganhos dos produtores” explica Néstor Osório, diretor-executivo da OIC.


Os preços internacionais do grão tiveram forte alta nos últimos meses em decorrência da quebra da safra de café da Colômbia, que deve ficar em cerca de 8,5 milhões de sacas ante- média de 11 milhões a 11,5 milhões de sacas nos últimos anos. Os países da América Central também tiveram perdas, de 1,5 milhão de sacas.


Osório observa que os preços internacionais do grão há alguns meses estão sendo influenciados pelos fatores macroeconômicos desde que o início da crise financeira global. O mercado também já começa a olhar os volumes recordes que deverão ser colhidos pelo Brasil a partir de junho de 2010. Isso deverá influenciar diretamente os preços. Apesar do novo ciclo de baixa que poderá vir no médio prazo, a cadeia comemora a demanda firme no mercado interno e internacional. (com informações do Valor Econômico)


Por: Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)


 

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