A ausência de lideranças comprometidas com os ideais de desenvolvimento equitativo, bem como pela superação das adversidades, provoca o caos absoluto numa empresa ou atividade.
Isto é o que ocorre com a cafeicultura. A anarquia está instalada. Alguns poucos se manifestam, e ao mesmo tempo cada um com suas sugestões, em sua maioria, com proposições descabidas, inconsistentes e impróprias.
A falta de visão estratégica associada à ausência de estudos técnicos provoca as falsas soluções contidas na apresentação de propostas. É como se a atividade produtiva cafeeira estivesse sob um constante estado letárgico; totalmente inativa sob os princípios de eficiência comercial e empresarial.
Fala-se atualmente na aquisição pelo governo de 5,0-10,0 milhões de sacas de café em 2009-2010, enquanto os estoques mundiais estão em 33,7 milhões (em sua maioria nas mãos dos países consumidores) e a oferta/demanda está equilibrada.
Ilógica e irracional a avaliação de que a retirada deste volume de 10,0 milhões de sacas pudesse contribuir para recuperação dos preços. Não irá e isto é fato. Se pagarem para ver, terão de suportar as conseqüências negativas, que serão grandes e de elevado custo.
Para esta afirmativa, irei considerar informações, conforme estudo divulgado em março/2009, elaborado e assinado por mim, como responsável:
As demais tentativas, efêmeras e desestruturadas, por soluções governamentais, além da constante ausência das mesmas por parte da representação da classe produtora, potencializaram os problemas, gerando o caos absoluto entre a maioria dos produtores.
Aqueles que vivem de produzir ilusões aos cafeicultores, se irradiam a qualquer aceno governamental, considerando-o como a tábua da salvação, sem nenhum conhecimento ou discernimento técnico para atestá-lo, e depois, quando o efeito esperado não ocorrer, o que é comum, bastam dar uma explicação fajuta, e os pobres cafeicultores novamente aceitarão. A culpa sempre será do outro, pensam eles.
Mas agora, será diferente. Existirão cobranças e responsabilidades, e a culpa não será apenas do outro. Será daqueles que tomarem atitudes erradas, bem como daqueles que as aplaudirem.
Para este efeito, este texto se fará presente no sentido de alerta máximo por atitudes não procedentes e incorretas, se tomadas.
“O covarde nunca tenta, o fracassado nunca termina e o vencedor nunca desiste”. Norman Vincent Peale
Engº José Eduardo Reis Leão Teixeira
Varginha, agosto de 2009