Opinião – CONTRAFLUXO – Joelmir Beting

5 de março de 2010 | Sem comentários Mais Café Opinião

05/03/2010, Brasil Agro


Os brasileiros que vivem e trabalham no Exterior mandaram para casa, no ano passado, US$ 4,7 bilhões – queda de 34% sobre 2008. Muito forte.


Com duas explicações. Primeiro: a crise bateu forte nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, endereço de quase 2,5 milhões de migrantes brasileiros.


Segundo: com cenário pessimista lá fora e recuperação da economia aqui dentro, cresce o número de brasileiros de retorno ao país, desde o segundo semestre do ano passado.


Também para eles, o futuro decidiu fazer aqui a sua morada.


Mudando de assunto: sabe quantas horas, por semana, trabalham as mulheres brasileiras, em média?


Anote: 35 horas fora de casa e mais 22 horas dentro de casa. Carga semanal de 57 horas. E os homens? Pelo mesmo critério, 52 horas, sendo 43 fora e 9 dentro de casa.


Arredondando, as mulheres trabalham 10% mais que os homens e ganham 34% menos, na média. Fontes: Dieese e Organização Internacional do Trabalho.


INDÚSTRIA GANHA MUSCULATURA



Saiu a consolidação dos números da produção industrial em janeiro: avanço de 1,1% sobre dezembro, eliminando a variação negativa de 1,0% acumulada nos dois meses anteriores, informa o IBGE. Sobre janeiro 2009, expansão de 16,0%, boa parte por efeito da baixa base de comparação – ou seja, finzinho da crise econômica internacional. O acumulado em 12 meses permanece negativo (-5,0%), mas reduziu-se o ritmo de queda em relação ao fechamento de 2008, o da crise aguda (-7,4%).


Este início de 2010 mostra quadro de continuidade do crescimento industrial com resultado expressivo, em nível próximo ao de janeiro 2008, devolvendo perdas acumuladas nos últimos dois meses de 2009, comenta o IBGE.


Em janeiro, sobre dezembro, o aumento da produção foi sustentado pela expansão em 14 dos 27 ramos, e em 3 das 4 categorias de uso. Destaque de alta para os setores de produtos de metal (12,0%), material eletrônico e de comunicações (14,3%) e bebidas (8,1%), além de alimentos (1,4%), indústrias extrativas (2,7%), metalurgia básica (2,5%), máquinas, aparelho e materiais elétricos (4,5%) e outros produtos químicos (1,8%).


Em baixa, na comparação mensal, os setores de edição e impressão (-5,0%), de veículos automotores (-1,2%) e farmacêutico (-2,2%).


Foram positivos os resultados nas categorias de bens de consumo duráveis (8,6%), de bens intermediários (2,0%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,4%).A de bens de capital ficou estável (-0,1%) depois de crescer 29,0% nos nove meses anteriores.


A expansão de 8,6% observada na fabricação de bens de consumo duráveis recuperou boa parte dos 10,1% de queda acumulada entre novembro e dezembro. A de bens intermediários, ao crescer 2,0%, mantém a sequência de taxas positivas pelo décimo terceiro mês, acumulando nesse período ganho de 22,5%. O acréscimo de 0,4% observado em bens de consumo semi e não duráveis ocorre após o segmento avançar 0,7% no mês anterior.


Na comparação janeiro/janeiro, o IBGE observou acréscimo de 16,0%, com expansão em 23 das 27 atividades pesquisadas, refletindo, em grande parte, a baixa base de comparação – no ano passado, houve paralisações não programadas e a concessão de férias coletivas.


Exemplo disso é o setor de veículos automotores, que avançou 41,4%, e exerceu o maior impacto na formação da taxa global, influenciado positivamente pelo aumento na fabricação da maioria (92%) dos produtos pesquisados, com destaque para os itens: automóveis e caminhões.


Vale destacar, também, os avanços em máquinas e equipamentos (34,0%), metalurgia básica (34,5%), outros produtos químicos (27,5%), produtos de metal (43,0%), indústrias extrativas (20,8%) e borracha e plástico (24,5%).


O que mais se produziu, este ano: fornos microondas e refrigeradores, bobinas a frio de aços ao carbono e lingotes, blocos e tarugos de aços, tintas e vernizes para construção e produtos petroquímicos, partes e peças de caldeiras a vapor, minérios de ferro, peças e acessórios de borracha e plástico para indústria automobilística e pneus para caminhões e automóveis. E o que se produziu menos: aviões, entre outros equipamentos de transporte (-20,0%).


A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, prosseguiu apontando recuo, mas com redução no ritmo de queda: após assinalar decréscimos de 10,6% em outubro, 9,7% em novembro e 7,4% em dezembro, chegou aos 5,0% negativos em janeiro.


 


CNI confirma
Saiu também a Sondagem Industrial de janeiro, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria: o ano começa com ritmo similar ao do final de 2009. O indicador de evolução da produção ficou em 49,2 pontos em janeiro, bem próximo dos 50 pontos que separam recessão de expansão na escala da pesquisa.


Com a manutenção do ritmo da produção em janeiro, o nível de estoques ficou abaixo do planejado nas empresas: 46,4 pontos nas de pequeno e 47,8 nas de médio porte, mas corresponderam ao esperado nas de grande porte, com indicador de 50,4 pontos.


A indústria operou, em média, com utilização da capacidade instalada abaixo do usual para meses de janeiro, mantendo o nível de dezembro, ainda apontando ociosidade do parque industrial. Nas pequenas empresas, este indicador ficou em 46,3 pontos, mas médias em 48,1 pontos, e nas grandes, em 49,7 pontos.


Para os próximos seis meses, o empresário industrial espera aumento da demanda por produtos – o índice passou de 62,9 pontos para 66,2 pontos, com alta em todos os setores e em empresas de todos os portes. Dos 27 setores pesquisados, 25 registraram índices acima de 60 pontos.


Novidade é o otimismo apresentado em relação a exportações futuras: 53,5 pontos para expectativa de evolução da quantidade exportada. E serão intensificadas as compras de matérias-primas (o índice passou de 59,8 para 63,4 pontos). A Sondagem ouviu 1.211 empresários, entre 1º e 24 de fevereiro. Até dezembro 2009, a Sondagem era trimestral; este ano, passa a ser mensal.


Mais cimento
Dados preliminares da indústria e estimativas de mercado indicam que as vendas de cimento para o mercado interno brasileiro em fevereiro de 2010 atingiram 4,1 milhões de toneladas, com crescimento de 16,4% em relação a igual mês do ano anterior.


Os dados foram divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento. No acumulado janeiro/fevereiro 2010 foram vendidas 8,4 milhões de toneladas de cimento, com aumento de 12,6% sobre o mesmo período de 2009. As vendas acumuladas nos últimos 12 meses (março 2009 a fevereiro 2010) foram de 52,2 milhões de toneladas, com incremento de 2,4% sobre igual período anterior (março 2008 a fevereiro 2009).


POUCO PRA SE QUEIXAR



Esta semana, a indústria brasileira de veículos chegou à marca de 10 milhões de carros com motor flex – hoje, representando já 86,3% de toda a linha de produção.


Com o fim do benefício fiscal, dia 31 de março, a indústria automobilística se prepara para bater o recorde mensal de vendas, até aqui as 308,7 mil unidades de setembro 2009. Para isso, as fábricas ampliaram estoques, para 256,7 mil unidades, suficientes para 35 dias de venda.


Depois disso, na visão do setor, em abril e maio haverá acomodação de vendas, com aumento do preço derivado da recuperação da carga tributária. As informações foram dadas nesta quinta, em entrevista coletiva de diretores da Anfavea, a entidade das montadoras.


O setor tem pouco de que se queixar – além de seguidos recordes de produção e vendas, até no mercado externo está se dando melhor que em anos anteriores. Em fevereiro, foram exportadas 57.510 unidades, o melhor resultado desde outubro 2008 e nada menos que 88% mais que um ano antes.


Em fevereiro, a indústria automobilística produziu 253,2 mil veículos, 23,9% mais que as 204,4 mil de um ano antes, e 2,8% mais que as 246,4 mil de um mês antes. Desse total, 236,5 mil são automóveis e comerciais leves, 13,47 mil são caminhões e 3,18 mil são ônibus.


No primeiro bimestre, a produção soma 499,53 unidades, com alta acumulada de 28,3%. E as vendas, 434,3 mil unidades (alta de 9,4%). De fevereiro a fevereiro, as vendas de automóveis e comerciais leves cresceram 10,5% (211,34 mil unidades), as de caminhões, 23,2% (7,92 mil) e as de ônibus, 5,3% (1,68 mil).


Mais dados: o nível de emprego se elevou 0,5% nas montadoras, entre janeiro e fevereiro, que fechou com 126,79 mil pessoas empregadas.


Em 2009, o setor exportou 35,3% menos que no ano anterior. Dólar barato não convém a esse negócio que, agora, começa a mostrar mais animação. Informa a Anfavea que fevereiro teve o melhor resultado em 15 meses, com recuperação de alguns mercados, basicamente na América Latina – entre os quais os da Argentina, do México, do Chile e da Colômbia.


Para este ano, a previsão da entidade é exportar 530 mil unidades, 11,5% acima das 475,3 mil do ano anterior, voltando ao nível de 2003 (535 mil unidades) e bem longe dos melhores anos, como 2005 (897 mil).


Além da questão do câmbio, as montadoras se queixam do \”processo de produção, mais caro aqui que lá fora\”, segundo disse Jackson Schneider, presidente da Anfavea. \”Talvez a gente não consiga retomar, ou retome em menor escala, ou até perca mercado em alguns segmentos.\”


A participação dos veículos importados no mercado de veículos no mês ficou em 18,3%, com redução de 5,9% em relação a janeiro (20,1% do total). Foram importadas 40,5 mil unidades. Para todo o ano, a entidade espera que os importados representem 15% do mercado de veículos.


EMPREGO DE MULHER



O Dieese e a Fundação Seade divulgaram novo estudo sobre o trabalho feminino: no ano passado, iniciado com expectativas muito negativas para o mercado de trabalho, a taxa de desemprego total das mulheres decresceu pelo sexto ano consecutivo, passando de 16,5% em 2008 para 16,2% em e 2009. E os serviços domésticos são, via de regra, a segunda maior alternativa de ocupação para as brasileiras.


Foram analisadas cinco regiões metropolitanas (São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre) e Distrito Federal.


Mais & menos
Na Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, a taxa de desemprego feminino caiu pelo sexto ano consecutivo (de 16,5%, para 16,2% entre 2008 e 2009), enquanto aumentava a taxa de desemprego entre homens (de 10,7% para 11,6%). Mais vagas foram abertas em setores onde a presença da mulher já é grande (como em serviços) e mais vagas foram cortadas em setores onde o predomínio é masculino (como na indústria).


Assim, mais mulheres estão trabalhando – sem esquecer que elas são maioria entre os empregados domésticos -, mas a continuam perdendo na questão salarial. Mesmo com aumento de 3% no rendimento médio real por hora das mulheres ocupadas, o que se paga a elas ainda é apenas 80% do que se paga aos homens.


Dois detalhes: em 2009, caiu 1,4%, em média, a remuneração masculina no ano passado. E mulheres com nível superior de educação ainda ganham até 30% menos que os homens.


Um destino?
No ano passado, segundo o estudo, do total de postos de trabalho existentes nessas regiões, as mulheres ocupavam de 43,7% (caso do Recife) a 47,6% (caso de Brasília). Mais de 50% das mulheres ocupadas trabalhavam no setor de serviços (menos em Fortaleza, 42,6%) e o comércio foi o segundo maior empregador feminino em quatro das sete regiões: Porto Alegre (17,0%), Recife (19,8%), Fortaleza (19,7%) e Salvador (17,1%). Mas são os serviços domésticos que aparecem como o segundo setor a mais ocupar mulheres nas regiões de São Paulo (17,1%), Belo Horizonte (15,2%) e Distrito Federal (17,0%).


Em duas regiões foi detectado um pequeno percentual de mulheres trabalhando na construção civil: Belo Horizonte (1,1% do total das ocupadas) e São Paulo (0,6%).


Entre o total de empregados domésticos, as maiores proporções de mulheres foram observadas em Fortaleza e no Recife (18,3%, em cada uma das regiões) e a menor foi a de Porto Alegre (13,0%).


Mais negras
Para as ocupadas negras, os serviços domésticos são o segundo setor mais importante em termos de ocupação. Em todas as regiões, à exceção de Salvador, do total de ocupadas negras, mais de 20% estavam alocadas nesses serviços, chegando a 25,3% em São Paulo. Das ocupadas não negras, o comércio foi o segundo setor que mais empregou.


A proporção de mulheres negras foi predominante no trabalho doméstico em praticamente todas as regiões, em 2009. Em Salvador, 96,2% das domésticas eram negras, em São Paulo, 50,6% eram negras e 49,4% não negras. Única exceção, Porto Alegre, onde a população negra é bem menor: 28,3% das ocupadas são negras, e as não negras, 71,7%.


Mais velhas
A maior parte das trabalhadoras domésticas era constituída por mulheres adultas, com idade entre 25 a 49 anos. Em todas as regiões analisadas, mais de 77% das domésticas tinham entre 25 e 59 anos.


O Dieese notou a tendência de ser esta ocupação mais comuns às mulheres mais velhas, com idades entre de 50 a 59 anos. O nível de escolaridade das domésticas é, de maneira geral, baixo. Em todas as regiões analisadas, a maioria delas não chegou a concluir o ensino fundamental.


Esta característica fica mais evidenciada entre as domésticas negras que no caso das não negras, exceto no Distrito Federal e no Recife, onde as proporções são semelhantes. Ou seja, o serviço doméstico, por não exigir nível de instrução elevado, constitui uma das poucas possibilidades hoje existentes para o emprego de pessoas com baixa escolaridade, como é o caso de muitas mulheres adultas


Menos jovens
Os dados indicam que, em algumas regiões, o trabalho doméstico já deixou de ser uma opção relevante para as jovens se inserirem nos mercados de trabalho metropolitanos. Isso se nota principalmente na comparação dos dados de 2009 com os de 2000.


A alteração desse perfil pode ser explicada por diversos fatores, entre os quais o aumento do nível de escolaridade das jovens que, assim, preferem buscar alternativas de ocupação que representem maiores chances de progresso e status profissional, e melhores perspectivas de ter carteira de trabalho assinada. Outro fator pode ser a exigência das famílias empregadoras que preferem pessoas mais experientes para a realização dos trabalhos domésticos.


Escolaridade
Como consequência, o serviço doméstico tem absorvido crescentemente mulheres adultas, em faixas etárias mais elevadas. Apesar do predomínio de trabalhadoras menos escolarizadas, em 2009, foi expressiva a participação de mulheres com ensino médio completo ou superior incompleto, com percentual próximo a 15% no Recife e em Porto Alegre, de aproximadamente 17% em Fortaleza e Belo Horizonte e superior a 20% em São Paulo, Salvador e Distrito Federal.


Além de expressar a melhora do nível de escolaridade da população nos anos recentes, o dado indica uma importante diferenciação entre as ocupações exercidas nos serviços domésticos. Assim, tende a crescer a participação de ocupações que são exercidas por pessoas com maior grau de instrução, como babás e, em especial, acompanhantes de idosos.


Chefes de família
Em todas as regiões analisadas, a proporção de empregadas domésticas que na família ocupam a posição de cônjuges foi superior a 35%. No entanto, também entre as trabalhadoras domésticas se verificou a tendência de aumento na proporção de famílias chefiadas por mulheres cujo percentual ficou em patamar mais ou menos semelhante, variando entre 27,2% no Distrito Federal e 35,3% em Porto Alegre.


Sem carteira
A maior parte das trabalhadoras domésticas exerceu seu trabalho como mensalista, com e sem carteira de trabalho assinada (67%). As empregadas mensalistas com carteira de trabalho assinada são as que, em tese, se encontram em melhor situação comparativamente às outras trabalhadoras domésticas remuneradas, em razão do reconhecimento formal de seu vínculo de trabalho e, quando o pagamento da contribuição à previdência social é efetivo por parte dos empregadores, também pelo acesso ao sistema de proteção social.


No entanto, elas estavam em maior proporção apenas nas regiões de Belo Horizonte (42,6%), Distrito Federal (43,6%), Porto Alegre (45,1%) e São Paulo (36,6%). Nas regiões do Nordeste, por sua vez, foi superior o percentual de mensalistas sem carteira assinada, com destaque para Fortaleza (63,6%). Assim, o direito básico de ter a carteira de trabalho assinada ainda não é totalmente respeitado, assinala o estudo.


Sem Previdência
Entre as diaristas, segmento em que também é menos frequente a prática do registro na carteira de trabalho ou de contribuição ao INSS, os percentuais observados foram 15,8% em Belo Horizonte e 10,9% em São Paulo. A parcela de domésticas contribuintes da Previdência Social em 2009 variou de 19,8% em Fortaleza a 52,5% em Porto Alegre.


Tempo no emprego
Mais: o setor tem alta rotatividade, mesmo porque, por ser realizado dentro do domicílio, um dos laços que se estabelece é o da confiança mútua. O tempo médio de permanência nesta atividade foi alto em todas as regiões pesquisadas. Em Fortaleza, menos de 4 anos, o menor, e em Belo Horizonte, o maior, 5 anos e 4 meses.


Longas jornadas
O trabalho doméstico envolve, com frequência, longas jornadas: 54 horas semanais em média, no Recife, 50 horas em Fortaleza, e 45 horas em Salvador. No Distrito Federal, jornada média de 44 horas, semelhante à de lei. Em Belo Horizonte, 42 horas, e em Porto Alegre e em São Paulo, 41 horas.


Entre as diaristas, a jornada média semanal foi menor, variando entre 20 horas (Salvador) e 24 horas, (Belo Horizonte e Distrito Federal), provavelmente como reflexo da realização do trabalho em menor quantidade de dias na semana e não necessariamente por menos horas trabalhadas por dia.


Metade do salário
A doméstica recebe, em média, metade do salário pago no setor de serviços. O rendimento médio real por hora das empregadas domésticas, em 2009, foi bem menor nas regiões metropolitanas do Nordeste. Em Fortaleza, R$ 1,71 por hora em média, e no Recife, R$ 1,87. Em Salvador, R$ 2,08. O maior rendimento foi o de São Paulo, R$ 3,52, seguido de Porto Alegre, R$ 3,51, e Distrito Federal, R$ 3,08.


As diaristas recebem até 47,2% mais que o das mensalistas em Fortaleza e 38,3% superior no Distrito Federal. Entre as com carteira assinada, a maior diferença foi observada no Distrito Federal, 31,9% enquanto em Porto Alegre ficou em 22,1%.


Na análise do rendimento hora foram desconsiderados outros benefícios das mensalistas com carteira assinada (descanso semanal remunerado, férias e 13º terceiro).


INFLAÇÃO PERDE FORÇA
Caiu o ritmo da inflação para as famílias de menor renda: o Índice de Preços ao Consumidor-Classe 1 aumentou 0,90% em fevereiro, depois do 1,32% de janeiro, informa a FGV. O IPC-C1 mede o consumo das famílias com renda mensal de 1 a 2,5 salários mínimos (de R$ 510 a R$ 1.275).


Em baixa
O que mais refrescou no IPC-C1 foram as despesas com transportes (de 5,06% para 2,67% entre janeiro e fevereiro) e com habitação (de 0,23% para 0,12%). Com recuo, os gastos com vestuário (-0,58%), educação, leitura e recreação (-0,45%, depois de alta de 2,45%), despesas diversas (-0,13%) e saúde e cuidados pessoais (-0,01%).


Em alta
O que ficou mais caro foi a alimentação, de 1,33% para 1,41%, com destaque para o reajuste no preço do açúcar refinado – que já tinha sido de 5,77% em janeiro e acrescentou mais 12,24% em fevereiro.


Poupança polpuda 1
Saiu o balanço de fevereiro das cadernetas de poupança: captação líquida de R$ 2,327 bi, depósitos de R$ 80,605 bi e saques de R$ 78,277 bi, informa o Banco Central. Essa foi a captação líquida positiva mais elevada para os meses de fevereiro, desde 1995.


Poupança polpuda 2
Os rendimentos (Taxa Referencial mais 0,5%) somaram R$ 1,424 bi. O patrimônio total da poupança subiu a R$ 326,96 bi. As cadernetas operadas no SBPE, destinadas ao financiamento habitacional, terminaram fevereiro com saldo de R$ 259,670 bi, e a poupança rural, voltada ao crédito agrícola, de R$ 67,288 bi.


Mais emprego e salário
De dezembro para janeiro, o emprego na indústria aumentou 2% e as horas trabalhadas na produção cresceram 0,6%. Subiram também os salários, 2% mais. Os dados são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta quinta-feira, 4 de março, pela CNI.


Faturamento menor
Foi o quinto mês seguido de expansão do indicador, informa a pesquisa A utilização da capacidade instalada ficou estável, em 81,4%. Mas o faturamento real caiu 3,6% em janeiro – em dezembro, crescera 5,2% sobre novembro.


Acomodação
Para a CNI, o resultado de janeiro pode ser uma acomodação da trajetória de crescimento nos últimos tempos. Entre os 19 setores pesquisados, 13 tiveram faturamento maior – destaque para o setor de madeira, com alta de 4,1% depois de queda de 14,8% em dezembro.


PIB europeu 1
O PIB cresceu 0,1% na Zona do Euro e também na União Europeia, no quarto trimestre de 2009, em comparação ao anterior, confirma a agência de estatísticas Eurostat. No terceiro trimestre, a expansão fora de 0,4% na Eurolândia e de 0,3% no bloco todo. Na comparação dos trimestres finais de 2008 e 2009, o PIB caiu 2,1% na Zona do Euro e recuou 2,3% na União Europeia.


PIB europeu 2
De outubro a dezembro 2009, o gasto das famílias europeias ficou estável, depois de cair 0,2% no trimestre anterior. Os investimentos cederam 0,8% na Zona do Euro e 1,3% na UEE. As exportações tiveram elevação de 1,7% na área do Euro e de 1,9% na União Europeia. As importações subiram 0,9% e 1,4%, respectivamente (www.joelmirbeting.com.br)


 

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