CARTA DE ESCLARECIMENTO
“O PEIXE MORRE PELA BOCA!”
Em resposta às declarações feitas pelo Sr. Marcelo Queiroz (ACARPA) a Revista Cafeicultura no dia 23/06/2009, “As reivindicações dos cafeicultores do sul de Minas não são as mesmas dos produtores do café do cerrado, razão pela qual em nossa região esse movimento foi praticamente esvaziado”. Nós cafeicultores das cidades de Coromandel, Serra do Salitre, Monte Carmelo, Araguari, Bambuí, Medeiros, Araxá e Patos de Minas, todas localizadas no CERRADO MINEIRO gostaríamos de comunicá-lo, que tanto estivemos presentes no grandioso evento SOS CAFÉ em Varginha no dia 16/03/2009, como também na Audiência Pública do dia 23/06/2009 em Brasília, demonstrando todo nosso apoio ao movimento e a todas as reivindicações que consideramos imprescindíveis para nossa sobrevivência no cerrado, bem como também para a sobrevivência da Cafeicultura Nacional.
Respeitamos plenamente o direito e o dever do Sr. Marcelo Queiroz como Presidente da ACARPA em externar a posição de seus associados em não participar do movimento SOS CAFÉ. Entretanto, salvo engano, ainda vivemos em um país democrático Caro Presidente da ACARPA, e caso Vossa Senhoria não saiba, o princípio democrático está alicerçado na máxima onde, “PREVALECERÁ A VONTADE DA MAIORIA, RESPEITANDO-SE O DIREITO DA MINORIA”.
Assim, não querendo cometer o mesmo erro do Presidente da ACARPA, talvez erro por falta de conhecimento ou mal assessoramento, gostaria de informar ao Presidente Marcelo Queiroz, que nós os cafeicultores citados acima e que apoiamos o movimento SOS CAFÉ, não sabemos se representamos a maioria ou a minoria, mas, seja qual for a nossa situação estamos legalmente amparados pelos princípios democráticos.
Portanto, se formos a maioria no Cerrado, esperamos que dentro da lei nossas reivindicações junto com os demais cafeicultores deste Brasil sejam atendidas pelo Governo, e respeitaremos até o fim o direito dos produtores de Patrocínio-MG em PROTESTAR E SONHAR pelas suas reivindicações. Entretanto, se os cafeicultores a qual Vossa Senhoria representa forem a maioria, aceitaremos democraticamente que suas reivindicações sejam atendidas, mas queremos a garantia democrática que possamos SONHAR E PROTESTAR pelas nossas reivindicações.
Assim sendo, gostaríamos que o caro Presidente não generalizasse os cafeicultores do cerrado, fale apenas pelos seus associados, pois Vossa Senhoria não nos representa, e assim como não podemos falar por vocês de Patrocínio –MG, espero que entenda que a recíproca é a mesma.
Segundo suas palavras “ACARPA e o CACCER decidiram que a região do Cerrado não deveria participar”. Nós somos do Cerrado e estamos participando plenamente do movimento, e não aceitaremos em hipótese alguma nenhuma forma de intimidação, e, nenhuma forma de CABRESTO ao qual muitos de nossos amigos do cerrado estão atrelados, como se tivessem vendido suas almas em troca de esmolas políticas e do silêncio.
Quero deixar bem claro que o nosso movimento e nossas reivindicações como cafeicultores do CERRADO MINEIRO, são JUSTOS E LEGITIMADOS pela COOXUPE, a maior Cooperativa de Café do mundo, que compreendeu ser necessário a participação de todos os cafeicultores das regiões onde ela atua, como, Sul de Minas, Cerrado mineiro e São Paulo.
Pois, segundo Lúcio Dias (COOXUPE), membro do grupo de trabalho criado pelo MAPA para solucionar os problemas da cafeicultura, “a dificuldade na cafeicultura e generalizada, afetando todas as áreas de café do Brasil, e essa dificuldade só será resolvida através de uma política de renda para o cafeicultor”. Abro espaço aqui, para agradecer aos membros do grupo de trabalho Srs. Lúcio Dias, Breno Mesquita e Renato Paiva, que não estão medindo esforços para demonstrar ao governo que o problema da cafeicultura e generalizado, afetando todas as áreas produtoras do Brasil.
Agradecimento especial ao Sr. Lúcio Dias, que nos atendeu prontamente ao telefone e externou o apoio da COOXUPE ao movimento e sua preocupação com as dificuldades que ainda virão se nada for feito pela renda do cafeicultor.
Desta forma Sr. Marcelo Queiroz, apesar de estarmos em uma mesma região, acredito que vivemos realidades bem diferentes, e infelizmente nós que estamos neste movimento somos os cafeicultores “PURO SANGUE”, ou seja, 100% café. Nós não temos outras atividades paralelas, enquanto alguns que Vossa Senhoria representa, felizmente possuem outras atividades que lhes permite trabalhar de uma forma diferenciada na cafeicultura, garantindo uma vida digna para seus familiares e agregados. Nós, lutamos por este mesmo direito dentro da cafeicultura como trabalhadores que somos.
Por fim, terminamos com um alerta para Vossa Senhoria e para os demais Presidentes de Associações ligadas ao CACCER. “Consultem realmente as suas bases, e se as reivindicações do SOS café não vão de encontro com as suas necessidades, pois a realidade de Vossas Senhorias como lideranças pode não representar a realidade dos demais associados, e se por algum motivo o cerrado não for beneficiado pelas ações do Governo Federal em detrimento das demais regiões do Brasil como o Sul de Minas, Zona da Mata, São Paulo, E. Santo, Rondônia e Paraná, tenham certeza que Vossas Senhorias Marcelo Queiroz – Presidente da ACARPA e Francisco Sérgio – Presidente do CACCER serão responsabilizados aos olhos da lei pelos seus atos irresponsáveis.
NÃO NOS CONFUNDAM, SOMOS CAFEICULTORES “PURO SANGUE” E NÃO USAREMOS OS CABRESTOS IMPOSTOS PELA ACARPA E PELO CACCER.
DESCULPEM AMIGOS CAFEICULTORES DE TODO O BRASIL, QUEREMOS DEIXAR BEM CLARO QUE ESTAS LIDERANÇAS NÃO NOS REPRESENTAM POIS, ASSIM COMO NÓS OS “PURO SANGUE” NÃO REPRESENTAMOS TODA A CAFEICULTURA DO CERRADO NO MOVIMENTO SOS CAFEICULTURA, OS CAFEICULTORES DE PATROCINIO REPRESENTADOS PELO Sr. MARCELO QUEIROZ (ACARPA) E FRANCISCO SERGIO (CACCER) MESMO QUE TENHAM A PRETENSÃO NÃO PODEM REPRESENTAR E NÃO REPRESENTAM TODO O CERRADO MINEIRO.
OBS: Patrocínio também apóia o SOS CAFÉ
25/06/2009 15:07
SOS CAFEICULTURA – Cafeicultor de Patrocínio-MG filiado a ACARPA está indignado com as Cooperativas e com a Acarpa
Arnaldo Celso Olivi Filho
Meu irmão que também e cafeicultor voltou de Milão essa semana onde pagou por um cafezinho, o valor de 3 euros, mais ou menos 9 reais, então como um saco de café da para fazer 3000 cafezinhos, isso daria R$ 27.000,00. Pedir um preço mínimo de R$320,00 por um saco de café é uma vergonha. Isso prova que muita gente ganha dinheiro com uma saca de café, principalmente fora do país, e o produtor não ganha nada, porque nem esse preço mínimo consegue. Patrocínio apóia sim o movimento.
Parabéns ao site e ao Movimento SOS Cafeicultura, sou cafeicultor de Patrocínio e estou indignado com as cooperativas e a Acarpa, as quais sou sócio de não apoiarem o movimento e dizerem que esta tudo certo com os cafeicultores do cerrado, e um absurdo que não tem fundamento e em breve farei me protesto a essas entidades, que foram criadas e são mantidas por nos produtores, porem acho que estamos dando menos lucros que certas forças ocultas, como diria um político.
CHEGA DE CORONÉLISMO E DE CABRESTO!
Silvio Marcos Altrão Nisizaki
Presidente da Associação Dos Cafeicultores de Coromandel ACC
Diretor de café do Sindicato dos Produtores Rurais de Coromandel
Sergio Luiz Dadona – cafeicultor, secretário da ACC