Wagner Pimentel
Há um ano a maior barbeiragem da economia mundial, ou algum tipo de revanchismo tosco, veio à tona, o maior banco de investimento mundo o Lehman Brother, pediu empréstimos para sair de uma situação difícil e então o governo americano do Sr. bush negou aparecendo a ponta de um iceberg, daí surgiu uma crise sem precedentes na historia. Depois daqueles dias apareceram prejuízos em instituições financeiras que nunca acharíamos que estavam em dificuldades, muito menos acreditar em números de seus prejuízos,eu nunca vi tanto prejuízo e ma administração junto, uma loucura ,falavam-se em bilhões,depois trilhões de dólares números astronômicos.
A crise se disseminou no mundo arrastando mais instituições, financeiras, automobilísticas foi um tsunami de quebradeira. Os governos do mundo todo com medo de cometer uma outra barbeiragem como aquelas dos americanos, correram e colocaram uma enxurrada de dólares para tapar os buracos, que não paravam de aparecer e cada vez maiores.
No Brasil quando a marolinha que não daria nem pra surfar chegou, trouxe com ela um pânico geral, na economia e na sociedade, éramos bombardeados com informações que poderiam trazer uma quebradeira generalizada. Algumas indústrias que vinham bem no Brasil, como a automobilística logo começaram a falar em prejuízo, demissões, queda de venda, e o nosso governo logo os atendeu com bilhões também, depois com redução da alíquota, diminuindo imposto como o IPI, para que as vendas não caíssem, também jogou dinheiro na indústria da construção civil e na indústria da chamada linha branca de eletro domésticos.
Na semana passada em um relatório do IBGE, o esforço do governo mostrou o seu resultado e o governo veio à televisão, dar declarações e comemorar o que teria sido uma vitória, sair tecnicamente da recessão. Bom neste mesmo relatório mostrou que o agro negocio não esta tão bem assim, mostrando um quadro de recessão encolhendo e 4.2% .
“A queda de 4,2% no PIB da agropecuária no segundo trimestre de 2009 ante igual período de 2008 o maior recuo trimestral para esse setor apurado pelo IBGE desde o quarto trimestre de 1998 (quando a queda foi de 6,3%), destacou a gerente de contas trimestrais do IBGE”.
Esse número mostra o descaso que é tratado no Brasil, a famosa bucha de canhão nós produtores rurais. Os 40% que representamos na balança comercial, eu disse 40% não 4%,de nossas exportações não é nada para este governo.
Diante destes números a cafeicultura agoniza pedindo socorro.
Na semana passada autoridades do meio cafeeiro vieram a baila agradecendo aos ministros, presidente, governadores, pelo esforço em prol da cafeicultura e que o CMN aprovaria na próxima semana, que esta próxima seria semana passada a semana passou a já estamos esperando para essa ou a próxima, deve ser isso será sempre na próxima.
Houve declarações que teríamos um novo ciclo para cafeicultura, estando o governo adquirindo depois de vários anos estoques reguladores de café. Mais importante hoje do que se adquirir estoques reguladores ,é saber o que fazer com ele, esse estoque tem que servir não só para termos um ganho de preço momentâneo,mas permanente,Este estoque tem que servir para abrir novos mercados ,novos possíveis consumidores, não massa de manobra, ele não pode beneficiar a paises concorrentes.Ele poderia por exemplo ir para a merenda escolar,onde melhoraria o intelecto e a tenção de alunos que seriam possíveis novos consumidores.Temos que ir a novos mercados,todo artista tem que ir aonde o povo esta,temos que gastar mais com marketing e propaganda, não conheço nem um produto no mundo que seje líder de mercado e não gaste com propaganda para manter a liderança, é ilógico.
Para um novo ciclo da cafeicultura precisamos em avanços, não precisamos ,só dessa emenda de reescalone a nossas dividas,precisamos de juros mais baratos, por que depois da crise a taxa selic caiu pra 8.75% ao ano ante a taxa anterior que era de 13.75% ao ano, nos paises da crise ela esta em 0 e 1 %, então a nossa taxa 6.75% ao ano seria simplesmente 600% maior do que der nossos concorrentes produtores dos paises da crise, uma concorrência com certeza desleal.
Precisamos de seguro, nossos investimentos ficam a céu aberto, sujeito a toda e qualquer variação climática, seca, geada, chuva de granizo etc.
Precisamos de pesquisas para se ter uma maior produtividade, pesquisas em insumos menos poluentes.
Um a política de preços que seje respeitado,pois ter um preço mínimo de R$261.00 e vender café a R$190.00 é uma brincadeira.
Órgãos que possam realmente refletir a nossa realidade, com números ,não simplesmente mandar esses números ao mercado que não fecham à conta, no final de cada safra, precisamos ser acreditados e não desacreditados.
Só serão com medidas inteligentes que iremos sair da crise e realmente irmos para um novo ciclo da cafeicultura, senão:
“Estávamos em conversa amistosas entre amigos ,quando um cafeicultor tira do bolso sua carteira e de sua carteira um papel contendo alguns números,” aqui esta a solução”,vai dar vaca na cabeça hoje.
Wagner Pimentel
Manhuaçu MG 15/09/09