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Cingapura, 01 – A indústria de café do Timor Leste sofreu um sério golpe com o aumento da violência, que paralisou as operações em meio à temporada da colheita. “A colheita (da nova safra) começou em maio, e seu pico deve ser atingido neste mês. Mas, com todas as estradas fechadas, não há meio de transportar os grãos do interior para as fábricas processadoras”, disse o diretor de café e de outras safras do Ministério da Agricultura, Caetano Cristóvão.
O Timor Leste colhe toda a safra de café nos quatro meses a partir de maio. Os grãos são comercializados de junho até dezembro. Os participantes do mercado estimam que a produção atingirá entre 15.000 e 18.000 toneladas, ou em torno de 250.000 sacas de 60 quilos, em comparação com a safra de 2005, apontada em 10.000 a 11.000 toneladas.
Apenas os pequenos fazendeiros estão colhendo e processando os grãos em máquinas pequenas ou secando-os ao sol, disse Cristóvão. Em termos globais, O Timor Leste, com sua produção média anual de 7.000 a 10.000 toneladas, é um produtor pequeno entre gigantes, como Brasil e Vietnã, contribuindo com cerca de 1% da produção global.
No entanto, o café não é pouca coisa para a economia dessa república de apenas quatro anos de idade, sendo sua principal fonte de divisas estrangeiras. Um quarto da população (de 947 mil habitantes, em 2005) depende do café para subsistir. As informações são da Dow Jones.