OIC projeta alta de preço para o arábica

Os preços do café robusta poderão cair no próximo ano por conta dos amplos estoques, mesmo diante da expectativa de que as cotações do café arábica permaneçam firmes pela oferta ajustada, disse o diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Jose Sette. De modo geral, a oferta de café atenderá a demanda, mas a produção da nova safra pode variar muito entre os tipos de café, uma vez que o Brasil, líder na exportação, está em ano de baixa do ciclo bianual, explicou o dirigente.


“Acredito que estamos em estado de aproximação no balanço entre oferta e demanda.


Algumas variedades podem ficar ajustadas, mas estou falando de cenário geral”, disse Sette.


A OIC estima a produção global de café em 130 milhões de sacas de 60 kg em 2011/12, abaixo da última colheita estimada em 133,31 milhões de sacas.


Antes da conferência do café na capital da Nicarágua, que aconteceu ontem, Sette disse que “este é um movimento natural de alta e baixa, porque o Brasil tem ciclos de alta e de baixa.


O de 2011/2012 é de baixa, então é natural que a safra seja menor”. A produção menor que o normal na Colômbia, líder mundial no segmento de arábica lavado, empurrou os preços para a máxima de 34 anos no início de maio. Mas a melhora na produção colombiana está pressionando por recuo. “Ainda é cedo para dizer o quanto, mas a Colômbia definitivamente está mostrando recuperação dos severos problemas que enfrentou nos últimos anos”, disse.


Os preços do contrato referência do café arábica em Nova York mais que dobraram ante o nível de dois anos atrás, mas ainda estão voláteis, caindo cerca de 20% desde o pico, em maio. Apesar dos altos preços, a demanda por café é saudável na maior parte das nações consumidoras, incluindo a América do Norte, países asiáticos e Norte da Europa. O consumo é mais lento em países como Espanha, Portugal e Grécia, onde os problemas macroeconômicos locais limitam os gastos de consumidores, justificou Sette.


Mesmo nos Estados Unidos, onde os consumidores estão optando por marcas mais baratas em meio à incerteza da economia, a demanda é prevista para permanecer estável no próximo ano, antecipou o dirigente.
 

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