Auditório lotado e forte presença institucional e politica foi o cenário de abertura do 13º Agrocafé, realizado em Salvador nos dias 12 e 13 de março. O Simpósio Nacional do Agronegócio Café é um dos mais importantes eventos do setor em âmbito nacional.
Pela importância do mesmo, o segmento café do Oeste da Bahia esteve marcando presença no evento. Em parceria com a Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães, a Abacafé – Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia coordenou um estande, apresentando o café da região.
Humberto Santa Cruz, Prefeito Municipal e cafeicultor, esteve presente na mesa de abertura, juntamente com o Governador Jaques Wagner, o Secretário de Agricultura Eduardo Salles e diversas autoridades nacionais que representam o setor café. Juntamente com o vice-presidente da Aiba Sérgio Pitt, diversas agendas de trabalho foram conduzidas durante o Agrocafé, incluindo ações sobre logística para a região.
Em seu discurso de abertura, Jaques Wagner destacou que a Bahia precisa investir na consolidação da marca do café produzido no Estado e na verticalização da produção. Wagner disse que a produtividade cresceu, mas a área plantada não, mostrando uma maior competitividade do café baiano. Complementou que o foco é a busca do ponto de equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade.
Glauber de Castro, presidente da Abacafé, apresentou os trabalhos da entidade e o perfil da cafeicultura regional durante o painel que tratou sobre associativismo. Momentos como estes são fundamentais para traduzir com detalhes a realidade do Café do Oeste da Bahia, ressaltou Glauber.
Durante o 13º Agrocafé, foi assinado um Termo de Cooperação Técnica entre o governo da Bahia, através da Secretaria da Agricultura, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Assocafé – Associação dos Cafeicultores da Bahia, visando desenvolver a cafeicultura familiar. O convênio refere-se à reestruturação da cadeia do café, prevendo para três mil cafeicultores familiares recursos para tratos culturais, equipamentos de pós-colheita, assistência técnica específica e organização de cooperativas em cinco regiões produtoras.
Em agendas paralelas, ocorreram diversas reuniões de trabalho, como a dos agentes envolvidos com a exportação do café. Na reunião, representantes da Abacafé, Governo do Estado, do Porto e outros Órgãos, estiveram presentes discutindo o fato da maioria do café da Bahia ser exportado por outros portos como Vitória e Santos. Os novos equipamentos do porto de Salvador e o novo calado brevemente estarão disponíveis. Para isso, alternativas estão sendo articuladas a fim de elevar o fluxo pelo mesmo, dentre as quais a elevação da qualidade dos cafés para os exportadores blendarem o produto na Bahia e não noutros Estados.