Obras no Canal do Panamá facilitarão entrada de café vietnamita nos EUA

Navios carregados com mais contêineres poderão chegar ao porto de Houston

O café do Vietnã, segundo maior produtor mundial do grão, poderá chegar em maior quantidade ao porto de Houston, localizado na costa leste dos Estados Unidos, após a ampliação do Canal do Panamá.

Costa Rica, Colômbia e Etiópia são países famosos por seus cafés, mas a indústria cafeeira do Vietnã cresceu rapidamente nas últimas três décadas. Os EUA são o segundo maior comprador do café vietnamita, adquirindo cerca de 10% da produção.

“O Vietnã é um novato no mercado global de café”, disse Doan Trieu Nhan, que representa o Thai Hoa Group, que produz café no Vietnã. Em 1990, o país asiático produziu 92 mil toneladas de café. Este ano serão mais de 1 milhão de toneladas, disse Nhan.

O Vietnã é o quarto maior fornecedor de café para o porto de Houston, com 6.182 toneladas de grãos enviados durante os primeiros sete meses de 2009. A maior parte do café vietnamita vendido naquela região é importada pelos portos localizados na Costa Oeste e, em seguida, enviados por vagão ou caminhão. Nações latinas, incluindo o Brasil e a Colômbia, fornecem mais café para as empresas locais.

Neste ano, 58.597 toneladas de café chegaram ao porto de Houston. Em 2008, o porto recebeu 127 mil toneladas de café de todo o mundo.

O canal mais amplo e profundo no Panamá permitirá que navios maiores, carregados com mais contêineres, possam ser enviados da Ásia diretamente para Houston, ao invés de ter que descarregar na Costa Oeste, disseram especialistas em logística. As obras de ampliação estão previstas para serem concluídas em 2014.

“No futuro próximo, o café vietnamita irá diretamente, através do Canal do Panamá, para Houston”, disse Nhan.

Houston entrou com força do mercado de café nos últimos seis anos, desde que a New York Board of Trade (NYBOT) a designou como um dos portos nacionais de café. Isso significa que o café negociado na bolsa pode ser armazenado e distribuído por Houston.

Traduzido por AgroCIM