O EMBAIXADOR DO CAFÉ FAIR TRADE

Por: CCCMG

Rodar o mundo divulgando o café brasileiro é algo rotineiro na vida do produtor André Luiz Reis, de Boa Esperança, no Sul de Minas. Filho de produtor rural, desde cedo ele sempre lidou no campo e, aos 24 anos, comprou o próprio sítio. Tentou empreender na pecuária leiteira, mas acabou enveredando para o cultivo do café. No princípio, as grandes dificuldades foram a falta de conhecimento técnico e a comercialização, questões que André Luiz começou a solucionar com as consultorias do Sebrae Minas, que o ajudaram a fortalecer as áreas administrativa, agronômica, de qualidade e acesso a novos mercados.


Projeto estimulou o aumento da produtividade das fazendas em 89%


Surgiu, então, a ideia de criar um grupo e assim nasceu a Associação Comunitária dos Costas. Como presidente da agora certificada cooperativa, o produtor partiu em busca da certificação Fairtrade, ou Comércio Justo, contando mais uma vez com o auxílio do Sebrae Minas. Em 2008 iniciou uma série de viagens internacionais com o objetivo de divulgar o grão. Fazendo contatos com compradores do mundo todo conseguiu colocar em evidência a qualidade do café sustentável de Boa Esperança. Hoje, os produtores da cooperativa fornecem para cafeterias e redes de supermercados de países como Inglaterra, EUA, Canadá, Austrália e Alemanha.


Entre 2007 e 2014, o projeto desenvolvido pelo Sebrae Minas para estimular a abertura de mercados fair trade para pequenos produtores de café do Sul do estado proporcionou o aumento de 89% na produtividade, com 60 sacas produzidas por hectare. Praticamente no mesmo período, os produtores experimentaram um salto de 79% nas vendas, em boa parte para o mercado externo. Para se ter uma ideia da evolução do setor, em sete anos de execução do projeto, o número de containers exportados passou de quatro para 85.


Liderança setorial
Em 2010, Reis foi escolhido pela Fairtrade Labelling Organizations (FLO) – a certificadora mundial de produtos Fairtrade, com sede em Bonn/Alemanha – como um dos membros do Conselho Consultivo, representando o Brasil. No conselho, os 15 integrantes, escolhidos por sua experiência no comércio de café, discutem os impactos de decisões da FLO.


Há dois anos Reis também foi eleito presidente da Associação dos Produtores Fairtrade do Brasil (BRFair), da qual já era um dos sócios fundadores, e passou a gerir um conglomerado que abriga 25 entidades associadas, 15 mil produtores da agricultura familiar de todo o país e uma produção de 360 mil sacas anuais.


Suas prioridades são: implantar o projeto Cidades Brasileiras Certificadas Fairtrade e Universidades Latino Americanas pelo Comércio Justo; representar as Organizações FT em feiras nacionais e internacionais; abrir mercados e prospectar compradores. No ano passado, convidado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, órgão da ONU), levou a cafeicultura familiar brasileira para a Speciality Coffee Association of Europe (SCAE), em Rimini, Itália. Repetiu a ação há duas semanas, quando voltou da SCAE realizada em Gotemburgo, Suécia. Já levou os grãos da BRFair para oito feiras nos Estados Unidos e outras em países como Rússia, Itália e Bélgica, além de incontáveis exposições pelo Brasil. O Sebrae Minas apoiou a participação de produtores do estado na maioria desses eventos, com o objetivo de ampliar a participação do café Fairtrade brasileiro no mercado internacional. 




Fonte: G1 MG (Especial Publicitário Sebrae Minas)

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