fonte: Cepea

O CLIMA E O CAFEEIRO – POR Prof. ALEMAR RENA

Por: Rede Social do Café

Alemar B. Rena comentou em: 12/11/2012 20:07


O CLIMA E O CAFEEIRO.
 
Já que tantos estão falando em extinção do café Arábica, também vou tentar fazer uma análise expedita, ou melhor, uma elucubração científico/ mentecápta, a respeito do clima e o futuro dos “cafés”. Quem sabe poderá reduzir a ansiedade do não-especialista diante de tanto catastrofismo (estou seguro de que o calendário Maia não o menciona!) e, quem sabe, seja pelo menos parcialmente aprovado pelos mestres da área!
 
Se se consideram válidas as hipóteses do aquecimento global, antropogênico ou não, e tudo indica que não são, podemos ir-nos acostumando, pelo menos no médio prazo, ao Coffea canephora (Conilon, Robusta et alli) ou ao Arábica (C. arabica) com elevado teor de “sangue”(genes) de Canéfora.
 
 Hoje, já temos cultivares de Arábica de excelentes bebidas obtidos do cruzamento do C. canephora com o C.arabica, mas com o “teor” sanguíneopredominante do Arábica, seguido de vários anos de paciente seleção genética, característica dos grandes cientistas, que, muitas vezes, passam desconhecidos do grande público consumidor.( Um deles deveria ter seu busto em lugar de destaque, não só em Campinas, mas também em muitos outros sítios produtores de café no Brasil e no mundo – Dr. Alcides Carvalho.)
 
Este tipo de mistura de genes, que teve início em Portugal, continuou aqui no Brasil, da década de setenta até hoje. O objetivo precípuo era, e ainda é, aumentar a resistência do Arábica à “ferrugem do cafeeiro”,  a  “temível doença que dizimaria a cafeicultura Brasileira”.
 
 Na verdade, nada disso aconteceu, e, mais do que um desastre, a ferrugem propiciou uma mudança de paradigmas na pesquisa cafeeira, a qual resultou na cafeicultura altamente competitiva que o Brasil hoje possui. Mas, com as mudanças no clima, novos fatores adversos surgirão (i.e.. elevação da temperatura, chuvas irregulares, déficits hídricos mais acentuados e frequentes etc.), e, por isso mesmo, o foco da pesquisa já tem mudado para a caça às resistências/tolerâncias genéticas a esses novos fatores.
 
Mas devemos manter os pés no chão. Não será de um dia para o outro que a pesquisa genética clássica, e sua versão moderna, a biotecnologia, vão colocar no mercado novos cultivares competitivos, tanto em produtividade como em qualidade. As chances de se desenvolver cultivares competitivos nessas

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