Anos 60
Saint-Germain-Des-Près e Quartier Latin são os dois bairros favoritos de Mario Vargas Llosa em Paris. Ao lado de École Militaire, onde o escritor morou assim que desembarcou na capital francesa, nos anos 60 – e onde o personagem principal vive -, compõem o grande cenário de Travessuras da Menina Má. Não poderia ser diferente. Os bairros guardam um certo frescor estudantil – ok, para os românticos – e há cafés cheios de charme e história por toda parte.
cafés, aliás, são um caso de amor – tanto na vida real quanto na ficção – de Vargas Llosa.
– Nesses cafés escrevi boa parte dos meus livros, são muito importantes na minha vida de escritor – diz, e embala: – Sempre que estou em Paris, mesmo que por poucos dias, passo umas horas escrevendo nos cafés que me encantam. Suas chances de dar de cara com o escritor num desses lugares aumentam consideravelmente. Como exemplo, é citado o Le Procope, considerado o mais antigo de Paris, de 1686 – só para constar, o primeiro café da cidade foi aberto em 1672, próximo do Museu do Louvre, mas já não existe. O Le Procope sempre foi muito popular entre a classe artística e intelectuais. Benjamin Franklin, Voltaire, Rousseau, Danton e Diderot passavam boas horas por lá. Com tanta história, até que o menu não é tão caro assim…