O café do Brasil nunca esteve tão em alta

Em agosto deste ano, o preço do café conilon atingiu o maior valor da história, e alcançou R$ 1.483,95 por saca

5 de setembro de 2024 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Joven Pan

café brasileiro nunca esteve tão em alta no mundo como agora. As exportações crescem impulsionadas pela demanda global aquecida, por problemas climáticos em outras regiões produtoras do mundo e desafios logísticos, que favorecem a busca pelo grão brasileiro.

Em agosto deste ano, o preço do café conilon atingiu o maior valor da história, e alcançou R$ 1.483,95 por saca, um aumento de 16,73% no mês e de impressionantes 95% no acumulado do ano, segundo dados do Cepea.

Já o café arábica, outra estrela do mercado, registrou alta de 44,2% no ano, alcançando R$ 1.448,24 por saca.

Uma das razões para essa alta expressiva nos preços do conilon é a expectativa de uma oferta limitada no Vietnã, o segundo maior produtor mundial, que tem enfrentado redução na produção em função de secas prolongadas.

Além disso, o recente bloqueio de uma importante rota comercial no Mar Vermelho, causado por ataques do grupo rebelde houthis, têm dificultado o fluxo de café da Ásia para a Europa, aumentando a dependência do café brasileiro no mercado global.

Segundo o Itaú BBA, esses fatores de oferta prejudicada e dificuldades logísticas, combinados com a crescente demanda internacional por café, explicam o cenário de preços para cima.

Para os cafeicultores brasileiros, a alta da commodity garante um momento de rentabilidade positiva.

Já para o consumidor, é esperado que a indústria repasse parte do custo, o que pode resultar em café mais caro nas prateleiras dos mercados.

O café brasileiro está dominando o mercado internacional.

De acordo com o Cecafé, o Brasil está preenchendo espaços deixados pela menor oferta de grandes concorrentes, como Vietnã e Indonésia.

De janeiro a julho, o Brasil exportou 28,1 milhões de sacas de café arábica e conilon, alta de 46,3% em relação ao mesmo período de 2023 e o maior valor da história.

Neste período, os 5 principais compradores de café do Brasil aumentaram significativamente as importações.

Os Estados Unidos lideram a lista, com 4,5 milhões de sacas, um salto de 31,1% em relação ao mesmo período de 2023.

A Alemanha, na segunda posição, comprou 4,0 milhões de sacas, uma alta impressionante de 77%.

E no top 5 ainda tem a Bélgica, com um aumento de 156,3%, a Itália com 48,6% a mais, e o Japão, que cresceu 6% nas suas aquisições.

O café brasileiro parece estar mesmo em alta e conquistando paladares ao redor do mundo.

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