A partir de hoje os dados referentes ao fechamento de N.Y. serão do pregão eletrônico que se dá as 18:15 horas.
Deu início hoje às operações do mercado eletrônico de soft commodities, açúcar, algodão, café, cacau e suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ). É uma parceria entre a New York Board of Trade (NYBOT) em conjunto com a Intercontinental Exchange Inc. (ICE). O novo sistema está provocando alguma confusão entre os players destes mercados principalmente porque, em uma mesma commodity, os mercados eletrônico e o viva voz operam conjuntamente.
Os contratos oferecidos neste pregão eletrônico serão os mesmos já negociados no viva voz da NYBOT, como explica o material disponível no site. De acordo com a ICE, os mercados funcionarão paralelamente. Deste modo, o trader poderá abrir uma posição na versão eletrônica e liquidar no viva voz. Inicialmente, o pregão eletrônico funcionará entre 10h e 18h15 (horário de Brasília). Posteriormente, a bolsa planeja ampliar o horário de funcionamento da sessão para 22 horas, embora o site não esclareça quando ocorrerá a mudança.
Desta forma, o preço da commodity negociado no pregão eletrônico vira referência para a abertura do viva voz. Ou seja, as operações feitas no eletrônico após o fechamento do pregão já são referência para o pregão viva voz do dia seguinte. Os contratos listados na versão eletrônica da ICE seguirão as definições do pregão viva voz da NYBOT, que inclui margens, limite para posições de especuladores, primeiro e último dia de notificação e entrega dos contratos. No caso da chamada de pré-abertura, ela será o diferencial entre o preço negociado em determinado momento no eletrônico em relação ao último fechamento do viva voz.
O avanço deste pregão eletrônico dependerá da adaptação dos operadores locais ao novo sistema. Esta é a avaliação do vice-presidente sênior de mesa para América Latina, Michael McDougall. A expectativa do McDougall é volume de negócios na versão eletrônica poderá superar o viva voz em até um mês. “A transição deve ser rápida. O volume negociado no eletrônico pode subir por causa das rolagens, operação relativamente simples”, afirma. Segundo ele, no caso do café, as operações no eletrônico hoje representavam menos de 10% do total movimentado no viva voz.
N.Y. encerra os trabalhos com queda de 0,90 pontos na posição março, vendas de origem, seguida de locais e especuladores pressionaram as cotações, a variação registrada ficou entre mínima de -0,95 e máxima de +0,85 pontos na mesma posição. No acumulado da semana o março registrou valorização de 1,55 pontos. No interno alguns negócios isolados foram concretizados porem o volume é reduzido.
O relatório de traders divulgado pela Commodity Futures Trading Commission (CFTC), referente ao dia 30 de janeiro mostraram que os fundos reduziram seu saldo comprado de 11.693 lotes para 10.839 lotes. Fundos e especuladores reduziram o saldo líquido positivo de 16.176 para 15.612 lotes.
O dólar interrompeu uma seqüência de quatro dias em queda e encerrou com leve alta de 0,19%, impulsionado pela atuação do Banco Central. Os dados que mostraram criação de postos de trabalho nos EUA em janeiro abaixo do esperado reforçaram a visão de que o Federal Reserve não tem motivo para subir o juro, e que a maior economia mundial caminha para um “pouso suave”.
A exportação de café torrado/moído apresentou um excelente desempenho em 2006, conforme acompanhamento feito pelo PSI Programa Setorial Integrado realizado pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) em convênio com a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos APEX Brasil. O valor das vendas alcançou, em 2006, US$ 24,47 milhões contra US$ 16,69 milhões em 2005, isto representando um salto de 46%. Em relação a 2002, quando estes negócios efetivamente tiveram início, a evolução foi de 504%. “Os produtos brasileiros estão tendo maior sucesso em mercados e segmentos que demandam cafés de alta qualidade, e que pagam maior valor unitário”, diz Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da ABIC. O preço médio do café exportado foi de US$ 4,55/kg em 2006 contra US$ 4,00/kg, em 2005 (14% de aumento). Para 2007, a previsão é que as exportações alcancem US$ 32 milhões, com os EUA figurando como maior mercado comprador e o Mercosul surgindo como boa opção de negócios (5% das vendas).