O mercado internacional do café, balizado pela Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US), encerrou o mês de maio com um balanço positivo para os preços, assim como no Brasil.
Porto Alegre, 31 de maio de 2019 – E isso graças a fortes altas para o arábica em NY nas últimas sessões do mês (até esta quinta-feira, dia 30).
As indicações de chuvas sobre o cinturão cafeeiro do Brasil, atrapalhando a colheita e secagem dos grãos da safra nova, e ajustes técnicos estiveram entre os principais fatores para essa brusca e intensa recuperação dos preços em NY. A bolsa superou a importante linha técnica e psicológica de US$ 1,00 a libra-peso nesta quinta-feira (30), fechando no nível mais alto desde 01 de março de 2019.
O consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, destaca que o café rompeu resistências e disparou “O mercado encontrou sustentação em meio à forte cobertura de posições vendidas por parte de fundos e grandes especuladores, desencadeadas pelo receio com o clima no Brasil. A massa de ar polar do último final de semana e as chuvas, atrapalhando a colheita e a secagem do café, levaram a uma mudança de postura de fundos, reduzindo a exposição vendida”, avaliou.
A queda do dólar contra o real no Brasil e as exportações mais fracas do Vietnã contribuíram com o avanço das cotações, lembrou Barabach. “E o rompimento de importante resistência (média de 40 períodos) acabou quebrando o andamento lateral do mercado e deu impulso técnico ao movimento de alta, facilitando o caminho em direção à linha psicológica de 100 cents”, comentou.
Ainda avaliando o comportamento de NY, Barabach observou que o arábica nova-iorquino ganhou solidez corretiva de alta e a posição julho se afastou significativamente do fundo em 87,60 cents, alcançado no início de maio. Ele indica que o mercado deve seguir vulnerável ao ambiente financeiro internacional, particularmente às oscilações no dólar, petróleo e índice CRB. Mas, também, bastante atento à evolução da colheita e aos boletins sobre o clima no Brasil.
No balanço mensal até o dia 30, na Bolsa de NY, o café arábica acumula no contrato julho/2019 uma alta de 9,9%, subindo de 93,15 centavos de dólar por libra-peso ao final de abril para 102,35 centavos neste dia 30 de maio. Em Londres, o robusta também acumulou alta, de 3,5% até esta quinta-feira.
O mercado físico brasileiro de café teve um mês de maio de avanços nos preços, especialmente dos grãos de melhor qualidade, em meio à apreensão com o efeito das chuvas sobre a qualidade da safra. As altas do final do mês no mercado internacional garantiram bom avanço nas referências nos últimos dias e melhorou o volume de negócios.
Assim, o arábica bebida boa no sul de Minas Gerais no balanço mensal subiu de R$ 380,00 a saca ao final de abril na base de compra para R$ 405,00 a saca neste dia 30 de maio, acumulando uma elevação de 6,6% no mês. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, subiu menos, passando no comparativo de R$ 283,00 para R$ 295,00 a saca na base de compra, com alta acumulada de 4,2%. O dólar comercial acumulou no período comparativo uma alta de 1,4%, subindo de R$ 3,924 para R$ 3,980.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
As indicações de chuvas sobre o cinturão cafeeiro do Brasil, atrapalhando a colheita e secagem dos grãos da safra nova, e ajustes técnicos estiveram entre os principais fatores para essa brusca e intensa recuperação dos preços em NY.
31 de maio de 2019 Lessandro Carvalho Café
Porto Alegre, 31 de maio de 2019 – O mercado internacional do café, balizado pela Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US), encerrou o mês de maio com um balanço positivo para os preços, assim como no Brasil. E isso graças a fortes altas para o arábica em NY nas últimas sessões do mês (até esta quinta-feira, dia 30).
As indicações de chuvas sobre o cinturão cafeeiro do Brasil, atrapalhando a colheita e secagem dos grãos da safra nova, e ajustes técnicos estiveram entre os principais fatores para essa brusca e intensa recuperação dos preços em NY. A bolsa superou a importante linha técnica e psicológica de US$ 1,00 a libra-peso nesta quinta-feira (30), fechando no nível mais alto desde 01 de março de 2019.
O consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, destaca que o café rompeu resistências e disparou “O mercado encontrou sustentação em meio à forte cobertura de posições vendidas por parte de fundos e grandes especuladores, desencadeadas pelo receio com o clima no Brasil. A massa de ar polar do último final de semana e as chuvas, atrapalhando a colheita e a secagem do café, levaram a uma mudança de postura de fundos, reduzindo a exposição vendida”, avaliou.
A queda do dólar contra o real no Brasil e as exportações mais fracas do Vietnã contribuíram com o avanço das cotações, lembrou Barabach. “E o rompimento de importante resistência (média de 40 períodos) acabou quebrando o andamento lateral do mercado e deu impulso técnico ao movimento de alta, facilitando o caminho em direção à linha psicológica de 100 cents”, comentou.
Ainda avaliando o comportamento de NY, Barabach observou que o arábica nova-iorquino ganhou solidez corretiva de alta e a posição julho se afastou significativamente do fundo em 87,60 cents, alcançado no início de maio. Ele indica que o mercado deve seguir vulnerável ao ambiente financeiro internacional, particularmente às oscilações no dólar, petróleo e índice CRB. Mas, também, bastante atento à evolução da colheita e aos boletins sobre o clima no Brasil.
No balanço mensal até o dia 30, na Bolsa de NY, o café arábica acumula no contrato julho/2019 uma alta de 9,9%, subindo de 93,15 centavos de dólar por libra-peso ao final de abril para 102,35 centavos neste dia 30 de maio. Em Londres, o robusta também acumulou alta, de 3,5% até esta quinta-feira.
O mercado físico brasileiro de café teve um mês de maio de avanços nos preços, especialmente dos grãos de melhor qualidade, em meio à apreensão com o efeito das chuvas sobre a qualidade da safra. As altas do final do mês no mercado internacional garantiram bom avanço nas referências nos últimos dias e melhorou o volume de negócios.
Assim, o arábica bebida boa no sul de Minas Gerais no balanço mensal subiu de R$ 380,00 a saca ao final de abril na base de compra para R$ 405,00 a saca neste dia 30 de maio, acumulando uma elevação de 6,6% no mês. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, subiu menos, passando no comparativo de R$ 283,00 para R$ 295,00 a saca na base de compra, com alta acumulada de 4,2%. O dólar comercial acumulou no período comparativo uma alta de 1,4%, subindo de R$ 3,924 para R$ 3,980.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS