O diferencial no preço do café da Colômbia comparado ao do Brasil, de longe, é incompatível.
Segundo Fernando Souza Barros, analista e corretor de café, o que faz o preço na Colômbia subir é a quantidade menor do produto que eles têm no mercado, enquanto o brasileiro ganha com sua maior produção, caminha para ser o segundo país consumidor da bebida, possui produto de ótima qualidade, mas perde como pior vendedor do grão no mundo.
“Na realidade, o que o produtor tem que fazer agora é tentar valorizar a sua mercadoria, o restinho que está sobrando de café bom. A única forma que ele tem como aproveitar é entregando os cafés para a Conab”, alerta Barros.
O cafeicultor brasileiro chega a perder R$ 100 por saca vendida, no entanto, a boa notícia que o corretor traz é sobre uma melhora nas cotações do café. “Não tenho a menor dúvida que as cotações vão subir. O produtor pode ficar tranqüilo que ele vai subir sim!”, diz.
Hoje, no diferencial do preço, o café colombiano sobe 77 cents na Bolsa de Nova York, enquanto que os cafés brasileiros perdem 15 cents.