Novo patamar de preços pós-crise explica queda no PIB da agropecuária, diz ministro

10 de dezembro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil


Brasília – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, participa da cerimônia de assinatura do termo de cooperação do Projeto Biomas

Brasília – O novo patamar de preços dos produtos agrícolas, mais baixo após a crise mundial, que teve início no final do ano passado, foi o principal fator responsável pela queda de 9% no Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008. A afirmação foi feita hoje (10) pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.


“Até outubro do ano passado, os preços estavam muito elevados e depois começaram a cair, até atingir outro patamar pós-crise”, disse Stephanes Ele citou alguns produtos que tiveram fortes quedas em valor, como o feijão (-56%), a carne suína (30%), o arroz (-16%) e a carne bovina (-12%). Além do novo patamar de preços, os valores do feijão e do arroz também foram influenciados pela oferta excessiva.


“O feijão e o arroz tiveram aumento de produção e houve um desequilíbrio em relação ao consumo dentro do país, fazendo com que os preços despencassem”, explicou o ministro. Além disso, segundo ele, a queda no volume colhido da safra de grãos deste ano, de 9 bilhões de toneladas, já indicava que haveria uma queda no PIB do setor, que era esperado pelo governo.


A queda na produção de café (-15,2%), que passa pela bianualidade baixa em seu ciclo, da carne bovina (-11,4%), devido à redução do consumo mundial, de milho (-13,1%), causada pela quebra de safra em Mato Grosso do Sul e no Paraná, e de trigo (-14,4%), por problemas de excesso de chuvas na Região Sul do país, também contribuíram para a baixa no PIB, na avaliação do ministro.


Segundo Stephanes, no quarto trimestre do ano, o resultado não deverá se alterar muito. Para 2010, entretanto, ele acredita numa recuperação do PIB em relação a este ano. “A produção será maior e a produtividade, também. E, se as condições climáticas continuarem favoráveis, os preços devem se manter estáveis e o câmbio, também”, concluiu o ministro.

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